A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) tentou uma negociação com os invasores da área localizada às margens do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas (SP-21), mas não obteve sucesso. O Estado conseguiu uma liminar para a reintegração de posse e tinha a intenção de entrar num acordo para a desocupação voluntária, só que os ocupantes se recusaram a sair.
No mês passado a área começou a ser invadida. Pelo menos, 7 mil famílias estão construindo moradias às margens do anel viário, entre os quilômetros 126 e 128, em uma área que é da CDHU. O local invadido está localizado entre os municípios de Arujá, Guarulhos e Itaquaquecetuba.
A Companhia informou ainda que tentou a desocupação voluntária, realizando reuniões com as famílias invasoras. Essas tentativas de negociações aconteceram na sede da CDHU e na área ocupada pelos sem-tetos. Nas ocasiões, segundo o órgão estadual, foi explicado aos invasores sobre o fato de que grande parte da área invadida é de preservação ambiental. Além disso, foi informado que o lugar invadido também está destinado à construção de conjuntos habitacionais para famílias cadastradas nos programas de moradias populares do Estado.
Por meio de nota, a CDHU ainda destacou que, "como não obteve êxito, entrou com uma ação de reintegração de posse, conseguindo liminar da Justiça" e que agora está no aguardo do cumprimento da ordem judicial.
No início do mês passado, já era possível ver os barracos de lona por quem passava pelo Rodoanel. Inclusive, muitos deles já tinham até feito as demarcações com madeiras fincadas ao chão. A reportagem do Dat também esteve no local, há cerca de três semanas, e constatou que já havia estruturas de alvenaria em construção no trecho invadido de Itaquá, que fica na região do bairro Jardim Adriane.