Quanto vale o sossego da população? Quanto vale viver em um bairro silencioso e poder ter uma noite de sono tranquila? Quanto vale viver em uma sociedade onde as pessoas respeitam o descanso e o espaço do outro? Pois é, não existe valor que pague tudo isso, especialmente quando se vive na “cidade grande”, em regiões populosas, com grande circulação de pessoas.

Conviver com ruídos, som alto, barulho excessivo e escapamentos estourando infelizmente é uma realidade para a população do Alto Tietê, especialmente em cidades como Poá, Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes.  Até mesmo as áreas rurais não estão livres dessa situação, já que muito sítios estão sendo alugados para festas e “fluxos” onde o respeito ao limite de som praticamente não existe e a fiscalização por parte das prefeituras não dá conta de atender o volume de denúncias.

Nesta semana, a Câmara de Mogi aprovou o projeto de Lei de autoria do vereador Mauro Mitsuro Yokoyama (PL), o Mauro do Salão, que determina a aplicação de multa para motoristas em caso de emissão excessiva de ruídos sonoros emitidos por veículos automotores. A proposta, apresentada em 2022, visa combater o uso de escapamentos adulterados e suplementar a norma federal vigente. Para que passe a valer, a medida precisa ser sancionada pela prefeitura.

O mesmo parlamentar apresentou há dois meses uma indicação pedindo que a prefeitura utilize e Guarda Municipal no trabalho de fiscalização e aplicação de multas contra festas clandestinas que tanto perturbam o sossego dos mogianos.

O Poder Público precisa continuar trabalhando nesse sentido e colocando em prática essas e outras medidas que possam garantir o sossego daqueles respeitam a lei e, com toda razão, exigem seus diretos.