Mogi das Cruzes sedia a Special Olympics, ou Olimpíadas Especiais - movimento global que promove atividades esportivas para pessoas com deficiência intelectual. O primeiro dia do evento ocorreu no Ginásio do Centro Municipal Paradesportivo Professor Cid Torquato, no Jardim Rodeio, com competições de futsal e bocha e, deve continuar hoje das 8 às 15 horas, com a natação, agora no Centro Esportivo do Socorro.
A competição é uma parceria entre o Lions Clube de Mogi das Cruzes e a Special Olympics Brasil, e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Esportes, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e a Escola Municipal de Educação Especial (Emesp).
Além de autoridades municipais, participaram da abertura do evento o DG CL Américo Cortopassi, da Governadoria do Lions Clube Distrito LC-5 PIP e representantes da Apae, professores e familiares.
O atleta, Bruno Pires, medalhista de prata na modalidade tênis de campo, nas Olimpíadas Especiais de Los Angeles 2015, nos EUA, acendeu a tocha Olímpica no ginásio, marcando assim, o inicio das competições.
De acordo com o gerente de projetos da Olimpíada Especial, Vinicius Savioli, apesar de ter o nome de um evento trata-se de um programa de treinamento esportivo para as pessoas com deficiência intelectual. "Cerca de 70 a 80 atletas vão participar durante os dois dias de evento. A principal ideia é que os atletas e familiares fiquem muito felizes. Convido a todos para presenciarem esse evento e ver o quanto esses atletas dão o máximo. Vocês vão sentir o quanto é prazeroso conviver com eles", destaca Savioli.
Além das competições, o evento teve participação dos 'Atletas Saudáveis', um movimento da Special Olympics, com atendimentos de fisioterapeutas, oftalmologistas e uma triagem de avaliação à saúde para todo o público.
O bicampeão paralímpico de bocha adaptada em Beijing e Londres, Dirceu Pinto, atleta de Mogi, comentou sobre a importância do evento. "É muito importante ser realizado aqui na cidade, porque atende todo público, seja ele com deficiência intelectual, cadeirantes ou deficientes visuais. Acredito que essa é a verdadeira inclusão."
Como coordenador de Paradesporto da Prefeitura mogiana, Dirceu comentou sobre o projeto criado na cidade. "É o "Mogi Paralímpico", que atende todas as pessoas que possuem algum tipo de deficiência. O objetivo é tirar essas pessoas de dentro de casa e reintegrá-las à sociedade por meio da prática do esporte adaptado, além incentivar o trabalho e estudos. Em cinco anos, tivemos a participação de centenas de pessoas e que hoje vivem melhor graças a isso", explica.
Muitos familiares dos atletas também prestigiaram o evento, como a Laura T. da Silva Rosa Gonçalves, mãe do atleta especial de natação Weslei Gonçalves. "Ele faz natação desde pequeno, já participou de diversas competições, porém essa é a primeira Olimpíadas Especiais dele. Ele adora nadar. Sempre incentivamos e participamos de todas as competições", comenta entusiasmada.
O movimento Olimpíadas Especiais foi fundado em 1968, em Chicago, nos EUA, e idealizado por Eunice Kennedy Shriver, irmã do ex-presidente americano John Kennedy.