A construção dos terminais de Jundiapeba e Braz Cubas, em Mogi das Cruzes, previstos inicialmente no pacote de obras que incluía a construção de avenida das Orquídeas e o recapeamento de vias, está suspensa por parte da prefeitura por falta de área, de funcionalidade e recursos suficientes. A justificativa para o cancelamento dessa etapa do projeto, mesmo com parte do recurso disponível, foi apresentada nesta segunda-feira (27/05), pelo prefeito Caio Cunha (Podemos), ao lado do secretário municipal de Infraestrutura Urbana, Alessandro Silveira, durante reunião na Câmara para detalhamento do programa de recuperação asfáltica “Nova Mogi”.

Durante 30 minutos, o chefe do Executivo detalhou para os vereadores e público presente os recursos utilizados no projeto do Corredor Leste Oeste, bem como suas fases iniciadas ainda em 2014, com a contratação dos projetos básicos da avenida das orquídeas e dos terminais Brás Cubas e Jundiapeba. Segundo ele, a primeira etapa incluiu melhorias nas vias iniciais, entre elas avenida David Brobow, enquanto a segunda se deu com a conclusão da avenida das Orquídeas. As duas etapas somadas receberam um investimento de R$ 97 milhões.

A terceira etapa diz respeito aos terminais e a construção de duas passarelas, e a quarta ao binário, que são 13 vias que interligam os terminais Estudantes e Central. a rua Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar.  “Não existe área desapropriada para esses terminais. Em Bráz Cubas, por exemplo, o projeto prevê uma área particular me frente a estação, mas que precisaria ser desapropriada. O custo previsto em 2016 para cada terminal é de R$ 2,9 milhões, sendo insuficiente para os dias atuais. Hoje, para reformar os terminais que nós já temos o custo é de R$ 8 milhões, então somando o valor destinado dos dois novos terminais talvez a gente conseguisse construir um”, detalhou.

Caio destacou ainda que, em 2017, na gestão do prefeito Marcus Melo (PSD), o município encaminhou um ofício para o Ministério das Cidades  para prorrogação do prazo do contrato e readequação da contrapartida, informando que a prefeitura não gastaria com desapropriação. Em resposta, o banco responsável pelo financiamento respondeu aceitando a redução da contrapartida em R$ 13 milhões.

GT

Caio Cunha destacou ainda que a construção dos terminais está suspensa no momento, mas não descartada. Segundo ele, um grupo de trabalho foi criado pela administração municipal para discutir a viabilidade do projeto. “Nós vamos avaliar a questão do recurso, da área e da funcionalidade, porque para decidirmos sobre as passarelas, precisamos saber como ficarão as reformas das estações de trem por parte da CPTM", completou o prefeito.


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