O convênio da Santa Casa de Misericórdia com a Prefeitura de Mogi termina no dia 26 de novembro e a possibilidade da cidade ficar sem o serviço foi bastante discutida na sessão de ontem pelos vereadores, assim como a necessidade de ampliação da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Universo e construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro para melhor atender a população.

Uma indicação do vereador Edson Alexandre Pereira (MDB) , o Edinho do Salão, solicitando melhorias na UBS fez o debate começar. Os parlamentares destacaram a superlotação da unidade, entre eles Iduigues Martins (PT), que enfatizou a necessidade de construir uma UPA no local e as deficiências que hoje a cidade enfrenta no sistema de saúde municipal. 

Em seguida, o vereador Otto Rezende (PSD) lembrou o fato do contrato entre a Santa Casa e a Prefeitura de Mogi terminar em novembro. “Em 2021 foi feito um tratado com o hospital, que passou a receber três vezes mais para manter o PS atendendo a população. Na época a prefeitura disse que construiria um PS próprio, mas pelo que sei isso não teve andamento. A cidade não pode ficar sem atendimento. A Câmara, o Executivo e a Irmandade precisam sentar para resolver essa questão”.

José Francimário Vieira (PL), o Farofa, destacou a dificuldade da Santa Casa em atender o grande volume de pacientes todo os dias, enquanto os vereadores Maurino José da Silva (Podemos) e Fernanda Moreno (MDB) relembraram as dificuldades enfrentadas na pandemia, o que, segundo eles, reflete até hoje na qualidade do serviço prestado pelo município, bem como o número de alto de usuários de outras cidades que buscam os serviços de saúde em Mogi. 

Projeto

Ainda na sessão, os vereadores aprovaram o projeto de lei que prevê o  cadastro de compra, venda ou troca de cabos de cobre, alumínio, baterias e transformadores, tampas e placas metálicas para reciclagem no município. A proposta, apresentada pelos parlamentares Mauro Yokoyama (Podemos) e Eduardo Ota (PL) visa dificultar o roubo, furto e receptação desses itens, o que causa prejuízos para serviços públicos, empresas particulares e residências.

 “Sabemos que esses crimes vêm aumentando, temos recebido muitas reclamações. A população é que sofre com essa situação ficando sem energia, inclusive em postos de saúde e áreas rurais. Então o projeto prevê que os estabelecimentos preencham esse cadastro específico de compra, venda e troca, identificando o comprador e o vendedor, e esses cadastros devem ser apresentados mensalmente o Poder Executivo. O não cumprimento resultará em penalidades”, destacou Yokoyama.