Um relatório feito pelo Comitê Paulista para Prevenção de Homicídios da Adolescência (CPPHA) - iniciativa da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania - e lançado em 21 de junho apontou que 44% das mortes decorrentes de intervenção policial em Itaquaquecetuba, de 2015 a 2021, tiveram como vítimas crianças e adolescentes, o maior percentual do comparativo.
Para compor o estudo foram selecionados apenas os municípios que atingiram um percentual acima do estado (23%) e excluídos aqueles que tiveram menos de dez mortes com vítimas de até 19 anos na somatória do período. Junto a Itaquá estão as cidades de Diadema (35%) e Carapicuíba (34%).
Também foi apresentada a distribuição geográfica das mortes de adolescentes decorrentes de intervenção policial em 2021, considerando o tamanho da população de adolescentes do município. Itaquá possui 29.845 adolescentes, de acordo com o levantamento, e registrou três mortes derivadas de intervenções, apontando uma taxa de 10,05 mortes a cada 100 mil habitantes. Junto ao município, também foram destacadas as cidades de Santos, com taxa de 12,56; Ribeirão Preto (6,37), Osasco (6,05) e Campinas (3,81).
Neste levantamento foram avaliados os municípios que tiveram três ou mais mortes desta natureza em 2021 e que apresentaram taxas maiores que o Estado (2,53) e a capital (3,38).
*Texto supervisionado pelo editor.