O fim do ano se aproxima e uma das datas mais esperadas é o Natal, especialmente pelas decorações que já são tradição nas cidades. Porém, neste ano, devemos ficar sem a principal delas, o “Cidade Natal”, com o cancelamento anunciado no início da semana pela Prefeitura de Guararema. Agora também Mogi das Cruzes não terá a decoração natalina, como anunciado ontem (31/10) pelo prefeito Caio Cunha em suas redes sociais. 

Em Guararema, a situação é mais complicada, já que a principal data para o comércio de forma geral, tem um impacto econômico bastante representativo para os empresários e parte da população, que aguarda o fim do ano para uma renda extra com as vagas temporárias. A cada ano, com a decoração natalina que é referência para a região, elaborada a partir de materiais recicláveis, a cidade recebe centenas de milhares de pessoas, indo muito além das fronteiras do Alto Tietê, movimentando o turismo e gerando emprego e renda. 

De acordo com o presidente da Associação Comercial de Guararema, Silvio Nunes, entrevistado na quarta-feira (30/10) pela reportagem, tudo se encaminhava para que o “Cidade Natal” fosse realizado, com os preparativos iniciados, mas o boato do cancelamento se confirmou nas redes sociais da Prefeitura, sem qualquer aviso prévio aos comerciantes. Hoje (1/11) eles realizam uma mobilização em busca de uma solução para o que o evento ocorra mesmo de forma parcial. 

Assim como em Mogi, a população é a favor de que os recursos sejam destinados para áreas fundamentais como a Saúde e a Educação, diante da queda da arrecadação como ressaltou Cunha, porém, em Guararema, mesmo sendo redirecionados para justos propósitos, como destaca a nota da Prefeitura, faltou o diálogo com os comerciantes, em busca de soluções que minimizem os prejuízos que virão para os mais diversos setores. 

É preciso manter a responsabilidade fiscal das prefeituras, sem esquecer que os empresários dos mais diferentes setores fazem parte desse processo, são geradores de emprego e renda. Que eles possam ser ouvidos em suas demandas e alcancem um consenso dentro do que é possível ser realizado.