O tempo passa, evoluímos tecnologicamente, as cidades se desenvolvem, hoje de forma mais planejada que em outros tempos, porém, infelizmente ainda convivemos com o preconceito em nosso dia a dia. O debate sobre o racismo é um dos pontos centrais deste mês, em que se comemora a Consciência Negra, com seu dia celebrado no próximo dia 20.
A comemoração começou em algumas cidades, na região mesmo eram poucas que tinham a data como destaque. Porém, recentemente se tornou um feriado estadual. Claro que não são discussões que devem se restringir ao mês de novembro, lembrando toda a luta do povo negro, mas ter uma data oficial é importante para aumentar o destaque para os muitos desafios vividos por nossa sociedade.
Estamos preparando uma matéria com diversas ações que estão sendo desenvolvidas por prefeituras da região para celebrar a data, destacando principalmente a cultura, mostrando o quanto ela é rica e cercada de saberes que revelam a importância da ancestralidade. A população negra não é uma minoria, é parte importante das raízes que deram e dão vida ao Brasil. Fundamental lembrar que muitos estrangeiros construíram a história do país, contribuíram para definir o que somos como povo, porém, parte deles não veio por vontade própria e foi vítima de violência.
A pandemia de Covid-19 deixou ainda mais evidente as desigualdades do país, e a maior parte da população em vulnerabilidade ainda é formada por pessoas negras, com uma trajetória de lutas que remontam outros tempos, outras gerações. Temos claro grandes nomes que alcançaram o sucesso, o que tem crescido, principalmente nas artes, como a atriz e cantora Zezé Motta, uma voz contra o racismo que completou 80 anos recentemente.
Ainda há muito para a avançarmos, para uma mudança de cultura e comportamentos que estimule a equidade, criando mais oportunidades, que atendam as muitas necessidades, melhorando, por exemplo, o acesso e a qualidade de serviços básicos, como a educação e saúde.