Nosso país é laico? Laico quando oficialmente há separação entre Estado e religião. O Estado não permitiria a interferência de correntes religiosas em assuntos estatais, nem privilegiaria qualquer religião sobre as demais; no entanto, isso fica apenas no papel, mas é diferente na prática. No Congresso temos a Frente Parlamentar Evangélica, cuja função é apresentar projetos para serem votados como lei baseados em princípios cívicos e cristãos, ou argumentar contra ou a favor de temas polêmicos: casamento homo afetivo, eutanásia e aborto. Se silenciar, está pecando!

Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, a Igreja Católica deixou de ser a religião oficial do país, mas continuou exercendo sua influência em feriados religiosos como Corpus Christi e a tradicional festa litúrgica, dia 12 de outubro, da Senhora Aparecida, considerada a padroeira, isto é, a protetora do Brasil. Na verdade, o grande protetor da nossa nação é Deus, o Criador, cujo povo que se diz cristão, em sua maioria, tem se distanciado Dele: na prece para agradecer, na leitura da Sua Palavra, a Bíblia, na obediência às suas leis e na presença no templo para adorá-Lo. 

O Congresso Nacional, através do poder legislativo, deve manter exame minucioso de projetos aprovados como lei, pouco visíveis, que podem transformar a nossa Constituição numa colcha de retalhos de direitos prejudiciais ao cidadão como também à nação, pondo em risco o Estado Democrático de Direito. No início do Salmo 24: "Ao Senhor pertence à terra e tudo que nela se contém, o mundo e os que nele habitam." 

Em 15/10/2022 chegamos a 8 bilhões de seres humanos que habitam esse planeta, criaturas de um só Criador e Senhor, todos sendo servos de Deus, fiéis ou rebeldes, e como não há outro Rei, Ele é o único a quem devemos adorar ou rejeitar. Rejeitar é perda e não ganho. Lula, talvez nem saiba que é servo de Deus, terá de cumprir em seu governo os desígnios do Senhor, limitado pela vontade do Rei na prática do bem e do mal.    


Mauro Jordão é médico.