O peeling de fenol ganhou espaço na mídia, recentemente, diante da morte de um empresário, após a realização do procedimento numa clínica de estética em São Paulo-SP. O caso trouxe à tona muitas dúvidas sobre este tipo de tratamento, seus riscos e eficácia.

Importante esclarecer que se trata da aplicação de substâncias químicas na pele. Por isso, esta terapia é classificada como peeling químico, que prevê a utilização do fenol, que, quando em contato com a pele, em concentrações e veículo para tal, atinge a derme mais profunda, promovendo renovação celular, por meio da descamação. A promessa como resultado é a de rejuvenescimento.

Entre algumas indicações estão a redução de rugas profundas - popularmente conhecidas como “código de barras” (buço), “pés de galinha” (na altura dos olhos) e “bigode chinês” (ao redor da boca) - flacidez da pele, cicatrizes de acne e alguns tipos de manchas.

Há, porém, uma série de cuidados a se tomar, incluindo, antes de tudo, exames e avaliação clínica prévia por um médico. Logo, é importante frisar: este tipo de tratamento, quando em concentrações altas e em áreas extensas, deve ter à frente médicos devidamente habilitados, e não outros profissionais, mesmo que das áreas da Saúde e da Cosmetologia. Outrossim, é um procedimento invasivo e, desta forma, deve ser feito em ambiente médico-hospitalar, com estrutura para acolher o paciente em caso de alguma reação, urgência ou emergência. 

Estamos falando, afinal, de procedimento médico complexo e que pode oferecer riscos à saúde.

Vale destacar que há inúmeros outros procedimentos disponíveis no mercado com as mesmas finalidades do peeling de fenol. A avaliação individual para a personalização do tratamento, de acordo com as queixas, hábitos de vida e contra indicações, guiará a melhor escolha. de acordo com as queixas, hábitos de vida e contra indicações, guiará a melhor escolha. 

 

* Dra. Thálita Rodrigues Eufemia (dermathalita@hotmail.com) é médica e tricologista, com certificação pela International Association of Trichologists (Sidney - Austrália); doutoranda em Ciências Biomédicas; e diretora da JM Renaissance.