O prazo para declaração do Imposto de Renda vai terminando e ainda há um percentual significativo de documentos que ainda não foram entregues à Receita Federal, em torno de 27% na região. É uma tradição brasileira deixar tudo para última hora, mas não é somente essa reflexão que pensar sobre a exigida transparência no nosso pagamento de imposto nos traz.
A população em sua grande maioria é transparente com seus gastos e paga regiamente seus impostos, e não se trata apenas de quem atinge o valor para declarar ou não, as taxas estão no nosso dia a dia, na compra de cada produto e na aquisição de serviços seja qual for sua renda, porém qual a contrapartida recebida?
Os recursos obtidos com a arrecadação de impostos deveriam ser revertidos para que todos tivessem acesso a educação e saúde com a qualidade que merecemos para realmente fazer a diferença e nos trazer o desenvolvimento nos mais diversos setores, e consequentemente termos a produtividade e competitividade esperadas. Infelizmente não é o que vemos em grande parte das escolas públicas, onde a estrutura é precária e faltam professores. Não é diferente na saúde, onde por vezes faltam medicamentos, insumos e principalmente profissionais desde o primeiro atendimento na Atenção Básica até hospitais e unidades que deveriam fazer o pronto atendimento.
Certamente há uma evolução no poder público com políticas que se mostram eficientes e beneficiam a população, mas ainda são muitos os desafios para que estas sejam a regra e não a exceção. O que parece é que nem sempre o recurso chega onde realmente é necessário, se perde em projetos pouco efetivos, emendas para favorecer este ou aquele, entre outros possíveis “caminhos” percorridos pelo dinheiro público fora de sua finalidade primordial, que é o atendimento a população.
Nesse momento é a população quem presta contas, e é preciso que todos sejamos também fiscais das contas públicas, que são prestadas e precisam ser acompanhadas de perto. Os impostos são pagos, gerando recursos que precisam ser efetivamente aplicados.
