O Brasil está enfrentando uma epidemia de dengue nos últimos meses e para piorar, os casos de Covid-19 também têm aumentado. Diante desse cenário, é fundamental saber diferenciar os sintomas de dengue e de Covid-19. Os sinais e sintomas são bem parecidos, porém existem características que as diferem. Fazer essa distinção é extremamente importante para o tratamento, já que alguns medicamentos são contraindicados para dengue – e as duas infecções podem evoluir para quadros graves.

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As duas podem causar febre, dor no corpo, falta de apetite e perda de paladar. No entanto, é possível encontrar características divergentes.


A dengue tem como característica principal a febre alta e dores musculares e articulares, além da dor atrás dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo e, em casos mais graves, dor abdominal intensa, sangramento das mucosas, queda na pressão arterial e hepatomegalia (aumento do fígado). Essas são características da dengue hemorrágica, quadro mais grave da doença.


A Covid-19 é caracterizada por sintomas respiratórios, como tosse, dor de garganta e coriza, principalmente em casos leves. Nos casos moderados a graves, podem surgir tosse e febre persistentes, falta de ar, desconforto respiratório e dificuldade para se alimentar. Saber identificar os sintomas de cada doença pode ajudar a diferenciar o diagnóstico, mas a confirmação somente é feita através de testes laboratoriais. Tanto no caso da dengue, quanto na Covid-19, é possível realizar testes rápidos, que identificam a presença do vírus em até 15 minutos. Também é possível o diagnóstico através do teste RT-PCR, em amostras de secreção respiratória. Ele pode ser feito entre o 3º e 5º dia de sintomas de ambas as doenças.

Outra opção é o teste de sorologia, que identifica a presença de anticorpos no sangue para saber se o organismo desenvolveu resposta imunológica aos vírus da dengue e da Covid-19. Esse exame pode ser feito após o 6º dia de sintomas, em caso de suspeita de dengue, ou após o 10º de sintoma, no caso da Covid.

 

Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e Diretor Científico da Associação Brasileira de Perícias Fisioterapêuticas - ABRAPEFI  - @abrapefi