O carnaval se foi, e como muitos dizem o novo ano começou oficialmente, porém os problemas continuam os mesmos. Iniciamos a semana com a notícia da prisão em flagrante do diretor técnico da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes, em decorrência do atendimento ou da precariedade dele, prestado a uma gestante que resultou no óbito do bebê. Ele também é acusado de estar dificultando internações de mulheres grávidas no hospital.


Não é novidade a situação vivida pela Santa Casa, ano vai, ano vem, e os problemas se arrastam sem solução. A maternidade do hospital enfrenta crises constantes, incluindo outros setores, como o Pronto-Socorro, ainda sem solução definitiva para o convênio com a Prefeitura de Mogi. 


O governo do Estado fala em regionalização, em ouvir as demandas das cidades para reestruturar equipamentos, um processo que precisa ser acelerado para que não se percam mais vidas, em situações de precariedade e falta de recursos. 


Temos em Mogi ainda uma maternidade, que foi construída, mas segue sem a devida utilização, ou readequação para se tornar um novo Pronto-Socorro como já foi sugerido, diante do dilema do convênio, que se transformou em uma verdadeira novela no ano passado, com muitas idas e vindas. Certamente o custo é elevado para que um equipamento de saúde como este se torne efetivo, porém, é preciso a união de esforços para uma solução urgente. 


A saúde não espera, a vida tem pressa, situações de urgência e emergência fazem parte do nosso cotidiano, e não envolvem apenas gestantes, todos estão sujeitos a ter o atendimento negado ou prestado sem a devida qualidade, diante da sobrecarga dos equipamentos de saúde de Mogi e da região. 


E a reabertura do Pronto-Socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo que poderia ser uma solução, embora reivindicada pelas cidades, é negada pelo Estado, que agora se apega a reestruturação e ao novo pacto de integração que pelo que vemos não sairá tão cedo do papel. É preciso agir com a urgência para que tenhamos acesso a uma saúde de qualidade.