Nesta semana já discutimos neste espaço a importância da tarifa zero nas linhas de ônibus da região e do Brasil. Ela democratiza o direito de ir e vir da população, conforme defendeu a Câmara de Mogi ao apresentar uma indicação cobrando a gratuidade na cidade.


A partir dessa possibilidade levantada pelos vereadores, o Mogi News/Dat questionou os demais municípios sobre a possibilidade de implantação da tarifa zero e, como já era de se esperar, as maiores cidade afirmaram que no momento não têm os recursos necessários para tal medida.


Suzano, Poá e Itaquaquecetuba disseram não ter condições de arcar com os custos, assim como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo ele, o valor do vale-transporte pago pelas empresas aos trabalhadores é “absolutamente insuficiente” para custear a gratuidade do sistema, o que obrigaria o uso de recursos de outras áreas. “Não vejo viabilidade financeira para dar esse passo. Essa conta é explosiva e vai sangrar muito as contas do estado e do município”, justificou.


O político, inclusive, não descartou o aumento no valor da passagem para 2024. Segundo ele,  “não tem almoço de graça. Se a tarifa não subiu, o custo subiu”, mas porque esse custo precisa ser repassado para o usuário, já penalizado por um serviço de transporte que apresenta problemas e que vive com as contas apertadas?

As empresas que detém a concessão do transporte nas cidades e Estado precisam e devem ser acionadas. É preciso ir além do lucro. E isso vale para a região. Essas concessionárias são muito bem remuneradas pelo serviço que prestam e já passou da hora de oferecem mais do que realmente fazem para a população, que paga um valor alto na passagem.


As cidades precisam pensar em saídas para oferecer algum tipo de benefício para a população. Se a tarifa zero não pode ser praticada agora, que ela seja uma realidade no futuro a partir de um planejamento. 
Até lá, que tal as administrações pensarem em alternativas, como oferecer a gratuidade nos finais de semana, para incentivar a economia e o lazer?