Após dias de intenso calor, com temperaturas recordes, a expectativa é que a partir de hoje o clima fique mais ameno com uma queda de pelo menos 10 graus na região. Após os 35 graus de ontem e os 37 registrados ao longo da semana, neste domingo a média deve ser de 25. 

A sensação é de alívio, mas também de preocupação, já que sai o calorão e entram as tempestades e fortes rajadas de ar previstas pela Defesa Civil do Estado. As cidades estão atentas e tendo que correr atrás do prejuízo, já que o verão de 2024 promete ter chuvas e temperaturas acima do normal para essa época do ano em função do fenômeno El Ninõ

É visível que o Alto Tietê, o Estado e o Brasil não estão preparados para as mudanças climáticas que ganham cada vez mais forma e assustam o Poder Público e a população. Conforme matéria publicada nesta semana, grande parte das cidades não apresentou medidas efetivas para atender pessoas em situação de rua durante os últimos dias de calor, por exemplo.

 Os abrigos, que já funcionam o ano todo, eram as poucas opções para quem desejava fugir das altas temperaturas. Itaquaquecetuba foi a única cidade que afirmou estar comprando protetor solar e itens de hidratação para a população mais vulnerável, enquanto as demais sequer conseguiram oferecer água gelada em pontos estratégicos das cidades, como fez a Prefeitura de São Paulo.

 O calor excessivo pode matar, assim como as enchentes, que também são uma realidade no Alto Tietê há muitos anos. Se a natureza continuar mostrando sua força como nos últimos meses, além dos estragos de bens materiais, poderemos registrar mortes e situações de extremo perigo para a população, em especial nas regiões mais carentes. 

 O fornecimento de água e energia elétrica é um capítulo a parte dentro desse cenário nebuloso. Diversos bairros de Mogi e outras cidades ficaram sem energia no início do mês em função dos fortes ventos que atingiram a região e a consequência direta disso foram os problemas de fornecimento de água.

Dias de muita apreensão, contratempos e riscos se aproximam. As cidades e seus moradores precisam estar atentos e, mais do que isso, conscientes do seu papel dentro desse momento de caos climático que vivemos.