Nas últimas semanas, os casos de monkeypox, doença conhecida como a varíola dos macacos, vêm aumentando na região, como destacamos na reportagem de hoje já são mais de 20 casos confirmados. Embora, até o momento, tenha sido necessário apenas isolamento e acompanhamento das Secretarias de Saúde, é importante ficar atento e manter os cuidados preconizados desde o início da pandemia de Covid-19, como a higienização frequente das mãos e o não compartilhamento de objetos.
As Secretarias, como temos divulgado, têm orientado as unidades de Saúde para o atendimento aos casos suspeitos e também alertado a população sobre possíveis sintomas. Diferente dos tempos mais duros da pandemia de Covid-19, quando todo o processo foi lento, a medicação sem eficácia comprovada circulou livremente pelo País, e o negacionismo se fez presente, agora parece que, mesmo o governo federal, se mobiliza em torno do avanço da monkeypox.
Já para setembro, segundo informações da Agência Brasil, está previsto pelo Ministério da Saúde o desembarque de 20 mil doses da vacina contra a varíola dos macacos, e mais 30 mil para o mês de outubro. O esquema de vacinação, primeiro com foco em profissionais de saúde e pessoas que tiveram contato com doentes, deve ocorrer com duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas. A aquisição vem com convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
É assim que esperamos que o poder público aja em todas as questões, especialmente quando a urgência se dá na área da Saúde, prontamente se colocando a disposição da população, buscando insumos para evitar um mal maior.
Pena que o aprendizado não seja um processo simples, e tenha vindo por meio de uma tragédia anunciada, porém, é importante que os ventos agora sejam outros, depois do gerenciamento desastroso da pandemia pelo Palácio do Planalto, que contribuiu para que a situação no País fosse mais grave do que já era previsto. Até mesmo o Centro de Operação de Emergência já foi inaugurado para coordenar os trabalhos de monitoramento e combate da doença.