A prisão do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo na manhã de ontem atingiu o núcleo de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) na Comissão Processante do Impeachment do Senado. Em fase de oitiva de testemunhas de defesa, a comissão abriu a sessão ontem sem a presença da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), esposa de Paulo Bernardo e integrante da linha de frente da defesa de Dilma na comissão, ao lado de Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lindbergh Farias (PT-RJ).
"Hoje (ontem) a senadora não vem, ela está em casa com os filhos", confirmou Lindbergh. "Mas com certeza estará aqui amanhã (hoje), estará aqui na próxima semana e vai continuar participando da comissão da mesma forma", acrescentou ele.
O senador petista questionou sobre possíveis motivações políticas no fato de a operação ter sido deflagrada no momento atual, em que o Senado julga o impeachment de Dilma, mas buscou negar que isso vá afetar a defesa da presidente afastada.