Não é privilégio nosso, mas vivemos um momento que nos caracteriza como o país do absurdo. São mazelas sociais em todos os âmbitos, um sofrimento generalizado de boa parte da população concomitantes com a constante tentativa, ao longo do tempo, de convencimento da opinião pública, de que não é bem assim, ainda que os fatos sejam gritantes, a menos que não se queira ver.
Agora, ninguém sabendo, exatamente, o que provocou o levantamento do tapete, externando tanta falcatrua e, diga-se de passagem, jamais restrita ao PT, tanta calhordice, ousadia corrupta, insolência, tanto ferimento de qualquer liturgia de cargos e posições, dentre outros, fica nítido que, de alguma forma, por mais absurdo que seja, alguns dão sinais evidentes de que querem voltar o tapete ao lugar de origem para esconder o que não foi mostrado ainda, para impedir que as revelações já iniciadas sejam completas e, mais, para tentar, numa atitude de desespero, reverter da forma que der, até aquilo que já está, num primeiro momento, tácito e, depois, explícito.
Claro que um cidadão de bem não deseja que sejam revelados quaisquer atos, por mais espúrios e com potencial de purificação que tenham, de maneira divergente da lei. Todos os homens dignos deste país reconhecem a necessidade de uma organização e de um sistema jurídico bem definidos e que indiquem limpidamente qual é o caminho legal na obtenção de provas e na apuração de fatos, sendo certo que devemos exigir isto, especialmente, das autoridades, mas por outro lado, não é por causa da forma que vamos desprezar a essência e considerar inexistentes fatos reveladores, posturas inadequadas e afins.
Penso que o povo deve estar muito atento neste momento crítico, mantendo-se zeloso quanto ao cumprimento da lei e da constituição, mas posicionando-se ao lado da sequência de qualquer operação que se mostrar legítima, reveladora e com grande capacidade de purificação, sobretudo, quando a maioria dos elementos que a instruem são reconhecidamente legais, legítimos e, absolutamente, verdadeiros. Que não seja por causa de alguns eventuais deslizes de percurso que tudo se perca, voltando a prevalecer aquilo de mais espúrio que provoca a grande maioria das mazelas que vivemos, independentemente de ideologia, ou de política partidária.