A expressão acima é muito usada quando algo que realizamos não foi bem aquilo que se queria ter como resultado.
Nos trilhos, em geral, poderíamos andar com uma placa no pescoço com essas palavras porque não há um dia sem problema em alguma linha ou algo que interfira diretamente na satisfação de nós, usuários.
Por conta dos meus recursos e da "profissão" de Viajante do Trem, sempre saio de casa já sabendo o que me aguarda. Se você trocar ideia com um amigo que pegou um trem antes ou depois de você, certamente, a percepção dele vai ser diferente da sua. Esta semana mesmo fiz meu trajeto super tranquila e, logo em seguida, já vi que houve um problema no mesmo trecho atrasando todos que vieram depois de mim.
Outro "deu ruim" geral é quando você sai de casa toda serelepe, arrumadinha, se achando a Miss Trilho de Verão 2016, e no meio do caminho, começa a chover. Chega rapidinho na estação feliz porque a chapinha resistiu ao vento e aos pingos da chuva.
Vai estrear finalmente a estação nova tão aguardada há vários anos e mesmo ela estando incompleta, faltando praticamente metade do prometido, tenta ver as coisas pelo lado positivo, afinal, ainda está linda e maravilhosa desfilando pela única escada rolante que deixaram funcionando.
Acha um lugarzinho supimpa na plataforma e, quando o trem vem chegando, anunciam que ele é um expresso, ou seja, vai direto até a estação final, sem necessidade de baldear.
Não consegue sentar ao embarcar, mas está no corredor e a mocinha simpática sentada à sua frente, segura a sua bolsa. Só que nem tudo poderia ser tão perfeito nessa manhã.
A chuva aumenta durante o trajeto e sem perceber, começa a formar-se uma goteira enorme no teto do trem pela luminária, bem acima de onde está. Quando menos se espera aquilo se rompe e cai, como um banho típico do desafio do gelo, desmanchando tudo o que tinha tentado preservar desde o início da sua viagem.
Se os pensamentos ecoassem seria um sonoro e alto "deu ruim" por todo aquele vagão.