O Ministério Público de São Paulo lançou no último dia 30, uma campanha intitulada "Quem se dá bem com gente se dá bem na vida", em parceria com a agência de publicidade VML, com o intuito de combater o preconceito e a violência gerados pela intolerância. Sem dúvida, um exemplo que pode ser seguido por muitos municípios, inclusive na região.
Em um primeiro momento, a iniciativa contou com apoio da Secretaria de Educação da capital, com a distribuição de 20 mil folhetos abordando a questão da tolerância em dez escolas da rede. Neles estão ilustrações de pessoas ou casais dialogando com as crianças sobre a importância de crescerem respeitando pontos de vista e estilos de vida diversos.
O evento contará com a participação de mais de 50 colaboradores (voluntários) da agência de publicidade.
Fundamentada na tese de que pessoas tolerantes têm mais chances de ser felizes e bem-sucedidas, a campanha será focada em 13 mil alunos, considerados multiplicadores, devendo impactar cerca de 50 mil pessoas (dentre pais, familiares e amigos).
"Nossa aposta permanente é na educação, na consciência coletiva, de que será respeitando as diferenças e as opções pessoais que a intolerância perderá sua força", afirmou o procurador-geral de Justiça do Estado, Márcio Elias Rosa.
Para o secretário de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita, a campanha é importante porque "ninguém tem o direito de se sentir superior ao outro, sendo todos iguais em direitos e deveres e merecedores de respeito, dignidade e de iguais oportunidades".
Em tempos em que as pessoas parecem estar a cada dia mais impacientes, limitadas mentalmente e fechadas para debates, a iniciativa vem bem a calhar. Isso porque se elas tivessem, desde a mais tenra idade, recebido orientações sobre a importância de respeitarem seus semelhantes, talvez pudessem ser evitados tristes episódios como o dos skinheads, ocorrido anos atrás em Mogi das Cruzes, quando dois rapazes foram lançados de um trem em movimento simplesmente pela suspeita de que não compactuavam da ideologia dos carecas. Um exemplo clássico de intolerância.