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A taxa básica da economia Selic subiu 0,5 ponto percentual e passou de 13,75% para 14,25% nesta semana. O reajuste foi definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Os juros subiram pela sétima vez consecutiva e pode gerar impactos nos comércios, segundo as associações comerciais da região, pois os consumidores não poderão gastar muito.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Itaquaquecetuba, Luciano Dávila, avalia que essa situação poderá trazer problemas ao comércio, além da redução do poder de compra. "Com o aumento da taxa Selic, o consumidor não consegue ter estabilidade para parcelar suas compras, diminuindo seu volume de consumo, resultando em baixas nas vendas. Esses constantes aumentos são muito prejudiciais aos lojistas, que já tem enfrentado dificuldades devido à situação financeira atual no País", avaliou.
Dávila ainda comentou sobre os reflexos desse aumento que não deve aparecer de imediato. "Claro que em períodos sazonais, como o Dia dos Pais, tende a elevar as vendas, mas ao longo do ano, a queda nas vendas será novamente uma tendência, infelizmente", observou.
O vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Suzano, Rogério Simões, também avalia o reajuste como negativo. "Este aumento é mais um soco no estômago de toda a classe empresarial; não bastasse a tão elevada taxa de juros em vigor, o nosso governo vem mais uma vez dificultar ainda mais a vida dos brasileiros", comentou.
O vice-presidente da ACE ainda disse que as expectativas é essa decisão seja revista e que a taxa Selic volte a ter queda. "É impossível que o nosso consumidor esteja sujeito a taxas de juros exorbitantes como o de cheque especial acima de 250% ao ano e cartões de crédito cobrando juros acima de 350% ao ano, os bancos obtendo lucros de 4,5 bilhões no trimestre e ainda continuar consumindo. A população está totalmente endividada", finalizou.
Para Tânia Fukusen, presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), a medida também é prejudicial para o município mogiano, pois as vendas já caíram. "Temos dois aspectos a considerar. Para o consumidor, o aumento dos juros pode implicar no adiamento de compras, já que a Selic impacta diretamente na taxa de juros das vendas a prazo, sem contar o reflexo que gera no cheque especial e no cartão de crédito", explicou. "Para o lojista, se o consumidor não compra, ele não consegue manter um giro de caixa. E também tem dificuldade pata comprar mercadorias, porque normalmente, ele também faz isso a prazo", finalizou Tânia ressaltando o fato de os juros altos impactarem também nos investimentos, já que os empresários recorrem a financiamentos. "Além disso os juros refletem na inadimplência, pois saldar as dívidas fica ainda mais difícil".
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