Dos nove índices de criminalidade analisados pelo Dat nas cinco maiores cidades da região, seis apresentaram redução de casos no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2014. Crimes graves como estupro, latrocínio e homicídio caíram significativamente, sendo 21%, 55% e 14%, respectivamente. Em contrapartida, o tráfico de drogas cresceu 34% nas cidades do Alto Tietê, segundo o balanço da criminalidade divulgado ontem pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP).
A região seguiu a tendência estadual na queda dos crimes mais violentos. A cidade de São Paulo, por exemplo, teve diminuição dos quatro principais indicadores neste semestre. Os latrocínios recuaram 23,68% em relação ao mesmo período de 2014. Foram 58 casos ante 76 no mesmo período de 2014, inclusive, apresentando números menores do que 2013.
No Alto Tietê, 11 pessoas morreram durante assaltos entre janeiro e julho de 2014, contra cinco no primeiro semestre deste ano. Mogi das Cruzes (3) e Itaquaquecetuba (2) foram as únicas cidades, entre as analisadas, que registraram esse tipo de crime.
Entre os casos de homicídio, 90 pessoas foram mortas no ano passado, contra 77 neste ano, o que representa uma queda de 14%. Mogi também lidera neste quesito, sendo 31 mortes na cidade, que, no próximo mês, deve apresentar uma outra realidade, já que o total de mortes crescerá em função de uma chacina registrada no início do mês, onde três pessoas foram mortas a tiros.
O roubo de veículos, segundo a SSP, também teve queda. No total, foram 1.803 casos no primeiro semestre do ano passado, contra 1.535 de janeiro a junho, o que representa redução de 15%. Os crimes de roubo de carga, roubo e furto se mantiveram praticamente estáveis.
Aumento
O tráfico de drogas foi o índice que mais cresceu, já que em 2014, 385 pessoas foram detidas vendendo entorpecentes, contra 516 neste ano.
A alta desta modalidade de crime, que é analisada como "produtividade policial", é considerada positiva pela polícia, já que configura menos traficantes nas ruas devido ao maior número de prisões.
Sobre o furto de veículos, os números apresentaram alta de 26%.