Hoje, dia 19 de junho, é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro. Romance, drama, comédia, musicais, animações... São inúmeras as formas de contar histórias, e cada uma, com o seu estilo, emociona e transmite importantes mensagens para o público, que há tanto tempo prestigia esta que é considerada a sétima arte. Hoje, as obras cinematográficas são muito mais acessíveis à população e inclusive são exigidas nas escolas. Mas como essa arte, antes tão restrita, chegou ao auge? É isso o que você confere na edição de hoje do Diarinho.

Um pouco de história

Tudo começou em 1895, quando os irmãos Louis e Auguste Lumière inventaram o cinema, na França. No Brasil, a primeira exibição de que se tem conhecimento ocorreu apenas sete meses depois, no Rio de Janeiro, e, em 1897, Paschoal Segreto e José Roberto Cunha Salles inauguraram uma sala permanente na rua do Ouvidor. Nessa época, os filmes exibidos em nosso país eram sempre obras internacionais e apenas a elite tinha acesso, pois os ingressos eram caros. Apenas em 1898, Afonso Segreto rodou o primeiro filme brasileiro, que trazia cenas da baía de Guanabara. Somente em 1930 que surgiram as primeiras empresas cinematográficas brasileiras, e o grande salto do cinema nacional aconteceu na década de 1960 com o filme “O Pagador de Promessas”, primeira produção nacional premiada com a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes.

É muita emoção

Ação, animação, aventura, comédia, comédia romântica, chanchada, cult, documentário, drama, espionagem, ficção científica, musical, romance, suspense, terror... São várias as categorias e gêneros cinematográficos, que buscam não apenas o entretenimento e a diversão, mas também a reflexão sobre assuntos importantes. O cinema conta histórias, reais ou não, que são capazes de levar conhecimento e abrir a nossa mente para um universo inteiramente novo. A gente viaja sem sair do lugar. Qual o seu gênero preferido?

Sucesso nacional

O filme “Central do Brasil”, de 1998, é conhecido até hoje como um dos filmes mais marcantes da história do cinema nacional. Com ele, Fernanda Montenegro se consagrou como a primeira artista latino-americana a ser indicada na categoria Melhor Atriz Principal no Oscar de 1999. Depois dele “O Auto da Compadecida”, “Cidade de Deus”, “Se Eu Fosse Você”, “Lua de Cristal”, e os mais recentes “Até que a Sorte nos Separe” e “Minha Mãe é uma Peça” marcaram a história cinematrográfica do país. Entre as animações estão os clássicos da turminha do Maurício de Souza, “A Turma da Mônica”, “O Grilo Feliz”, “O Menino e o Mundo” e “Brichos – A Floresta é Nossa” são alguns dos que fazem a festa da criançada. Mas a lista é imensa!

Enfoque educativo

Agora é lei! Desde junho de 2014 o cinema nacional se tornou componente curricular obrigatório por duas horas mensais nas salas de aula. A Lei 13.006 abrange até o 9º do Ensino Fundamental. A iniciativa ainda é tímida, mas abre espaço para as crianças e adolescentes conhecerem obras além das clássicas, e enriquece o ambiente educacional. Para o professor e cineasta Pedro Gandola, “a importância de levar o cinema à sala de aula depende de vários fatores, como a seleção adequada do filme, o conhecimento do professor sobre a linguagem cinematográfica e a sua formação filosófica para entender a profundidade e extensão do que o cineasta tem a dizer”. “Penso que o cinema pode contribuir e muito para a formação, principalmente crítica, dos alunos, mas o processo precisa ser bem orientado e ter objetivos de aprendizagem bem definidos assim como o propósito geral da atividade”. Gandola ainda diz que uma forma de o professor participar da iniciativa é se apropriando da linguagem, incentivando produções próprias dos alunos.