Para a população que trabalha e mora na estrada Evangelho Pleno, conhecida como estrada do Pavan, a desapropriação de seus terrenos - ou parte deles - já é certa, e alguns  comerciantes da região trabalham com as possibilidades que menos prejudicariam seus estabelecimentos.
A duplicação da via foi anunciada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), junto com o lote de rodovias que dão acesso ao litoral paulista, visando, com essa obra, fazer uma ligação da rodovia Mogi-Dutra (SP-88) com a Mogi-Bertioga (Sp-98) ofertando mais fluidez ao trânsito, sem as intersecções de vias que atualmente as estradas apresentam.
O gerente do posto de combustíveis no final da estrada do Pavan, sentido litoral, Daniel Rodrigues, 41 anos, já estima perder cerca de cinco metros do terreno de seu comércio, caso a duplicação da estrada do Pavan seja feita do lado esquerdo da via. Sem ter sido informado ainda, Rodrigues prevê aumento no movimento e uma melhora necessária na qualidade da Pavan. "O estado da estrada é precário, toda hora param motoristas aqui com pneu furado e outros problemas no veículo por conta das más condições da via. Ainda não foi me passado nada, mas acho que mais motoristas vão passar na minha porta após a duplicação e melhorias", avaliou o responsável pelo estabelecimento.
Moradores abordados pela reportagem na tarde de ontem não quiseram comentar sobre as obras que a Artesp prevê , mas se disseram cientes das intenções. Um dos funcionários de Rodrigues, o frentista Tony Cássio de Souza Silva, 28, que há dois anos trabalha no local, disse que o problema da estrada é a qualidade do material colocado na pista, que em dias de chuva cede ao peso dos caminhões que passam pelo local. "Duplicar vai ser muito bom, mas tem que reforçar também o material que fazem a pista, o asfalto fica muito fino", cobrou Silva.
Em visita à estrada, na tarde de ontem, a reportagem constatou que o local mais viável para que a duplicação seja feita é o lado esquerdo da via, hoje de mão única sentido Mogi-Bertioga, e que é utilizada como rota para caminhões, uma vez que estes não podem escolher outro caminho ao entrar em Mogi.