Um incêndio foi registrado na noite de anteontem (12) na área do piscinão de Poá, localizado na avenida Vicente Loporace, na Vila Sopreter. Parte do terreno tem sido utilizado pela Prefeitura de Poá como área de descarte para os itens coletados por meio do serviço de Cata-treco, o que gerou denúncias no Ministério Público (MP), na Polícia Ambiental e na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). 

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Conforme o Mogi News/Dat apurou, os primeiros focos de fogo surgiram ainda na última sexta-feira (10). A administração municipal teria tentado controlar a situação ao longo do final de semana fazendo a movimentação do material, mas na noite do domingo o Corpo de Bombeiros precisou ser acionado. 

Da rua era possível ver as chamas já altas no terreno. A situação foi denunciada pelo vereador Saul Souza (Avante) e pelo presidente do Partido Progressistas de Poá e ex-vereador Saulo Souza (PP). Segundo eles, o caso já foi motivo de indicações e questionamentos na Câmara e, sem repostas do Executivo, os órgãos responsáveis foram comunicados pelo parlamentar sobre a situação.

“É um absurdo o verdadeiro lixão a céu aberto da Prefeitura de Poá que continua funcionando no piscinão, trazendo diversos transtornos e riscos para o meio ambiente, para imagem da nossa cidade e para a saúde das pessoas. Até descarte de animais mortos, produtos químicos e cortantes, substâncias tóxicas, focos de incêndio e inclusive pessoas, sim, até pessoas, encontramos morando em barracos no local”, denunciou o vereador.

Segundo Saulo Souza, a atual gestão “vem contribuindo de forma criminosa para contaminação do solo, da água e do ar, além dos demais transtornos para população como enchentes e a proliferação de vetores de doenças, como ratos e mosquitos."

Prefeitura

Questionada, a Prefeitura de Poá informou que “realiza constantemente a limpeza do entorno do piscinão e faz a coleta de materiais descartados irregularmente pela população, como restos de material de construção, madeira, pneus velhos e até sofás”. O Executivo classificou o incêndio como “um caso isolado” e afirmou que está analisando o local para poder identificar a possível causa.

O Mogi News/ Dat questionou se a administração municipal tem autorização para utilizar o terreno como área de transbordo e quando pretende retirar os resíduos do local, mas não recebeu retorno.

 A Reportagem aguarda mais informações do Corpo de Bombeiros para saber mais detalhes sobre a ocorrência.