A possível instalação de pedágio nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga voltou a ser tema central de discussão na Câmara de Mogi. Em sessão, os vereadores votaram ontem favoráveis a uma indicação que sugere a realização de um estudo técnico de impacto econômico e social que a cobrança causará, e contrários a outras duas propostas que indicavam a análise jurídica do edital de concessão das estradas que será lançado no mês que vem pelo governo do Estado e a aplicação de uma pesquisa para que a população se manifeste sobre o assunto e sugira formas de enfrentar e derrubar o projeto estadual sobre os pedágios.

Os temas, apresentados pelo vereador Iduigues Martins (PT), foram debatidos por quase uma hora. Segundo ele, após a reunião realizada em Mogi entre o prefeito Caio Cunha (Podemos) e o secretário de Estado de Parcerias e Investimentos (SPI), onde os vereadores não foram convidados para participar, nada mais sobre o assunto foi debatido, apenas a informação veiculada pelo Mogi News/Dat de que a pasta estadual prevê o lançamento do edital de concessão do Lote Litoral em novembro.

Os parlamentares de situação votaram contrários as duas primeiras indicações, entre elas Fernanda Moreno (MDB). Segundo ela, a prefeitura já está atenta ao documento que será lançado e tomará todas as medidas cabíveis para que o mesmo seja impugnado. Sobre a pesquisa proposta por Iduigues para ouvir a população a respeito da cobrança e também para usá-la contra o governo estadual a fim de derrubar a cobrança, o vereador Clodoaldo afirmou que a medida seria "gastar dinheiro público", já que todos sabem a posição contrária dos mogianos sobre o tema.

Apenas a indicação do estudo de impacto recebeu o apoio dos vereadores da base do prefeito. O objetivo da Casa de Leis seria apresentá-lo em uma possível audiência pública realizada em Mogi para debater o pedágio, mas a Secretaria de Estado de Parcerias e Investimentos (SPI) já informou a Reportagem que não serão realizadas novas discussões sobre a concessão.

Fórmula

Ainda na sessão, os vereadores aprovaram um projeto de lei do parlamentar Milton Lins da Silva (PSD), o Bigêmeos, que dispõe sobre distribuição de fórmulas infantis para bebês de zero a dose meses. Segundo ele, a rede municipal já distribuiu o item, mas uma pequena parcela de bebês menores de um ano recebia leite integral ao invés da fórmula durante três meses em função da passagem de uma sala para outra de acordo com a idade de corte estabelecida para a formação das turmas. "A medida visa cobrir esse buraco que preocupada muitas mães e garantir que essas crianças recebam a fórmula que é mais completa para o desenvolvimento do bebê", explicou o autor da propositura.

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