Cidades do Alto Tietê apreenderam pelo menos 25 balões desde o começo do ano, em um total de oito ocorrências de solturas e com o fechamento de uma fábrica clandestina. O levantamento reúne dados de Guararema, Suzano, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes e Arujá. Em 2022, foram cinco casos, com pelo menos cinco apreensões. A prática é crime ambiental e traz riscos de incêndios em áreas urbanas, rurais e em florestas, podendo gerar explosões, além de provocar acidentes aéreos.
Em apenas dois dias, Guararema apresentou o maior número de apreensões de balões na região. Entre os dias 24 e 25 de maio, a Operação Huracán, da Polícia Militar Ambiental, desarticulou uma fábrica clandestina na cidade. Ao todo, foram apreendidos 13 balões.
Suzano registrou três ocorrências envolvendo soltura de balões, com sete apreensões, conforme destacou o Grupamento de Proteção Ambiental (GPA). A primeira soltura foi identificada no dia 21 de maio, e a segunda no dia 28 do mesmo mês. Em cada ocorrência, um balão foi apreendido.
A última ocorrência foi no último domingo (11), em que 16 pessoas foram flagradas antes de efetuar a soltura. Na ocasião, cinco balões foram apreendidos e houve aplicação de multas superiores a R$ 50 mil. Os envolvidos foram encaminhados à Delegacia Central de Polícia. No ano passado não houve registro do crime na cidade.
Em Mogi, segundo a Prefeitura, houve quatro casos no ano passado, enquanto que neste ano, foram dois, um deles no último final de semana. O Executivo destacou que a soltura de balões é crime ambiental, e que a Patrulha Ambiental atua em ações preventivas e de combate à degradação do meio ambiente, com treinamento específico voltado aos balões.
Já Arujá identificou, neste ano, duas quedas de balões, sem vítimas ou prejuízos materiais. Itaquá, por sua vez, efetuou uma apreensão no ano passado e uma neste ano. Os balões foram recolhidos, destruídos e descartados em ecopontos. Ferraz não registrou ocorrências.
Estado
O Estado também tem se mobilizado no combate a soltura de balões. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), desde maio foi dado início a "Operação SP Sem Fogo", que abrange o período da estiagem que vai de junho até o final de setembro. De acordo com a pasta os baloeiros estão cada vez mais "ousados", confeccionando balões de maior porte e alguns com botijões de gás com fogareiros e fogos de artifício, mas a grande maioria ainda se trata de balões leves e altamente inflamáveis.
Somente em 2022, foram apreendidos 129 balões em todo o Estado, um aumento de 134% em relação a 2021, quando houve 55 apreensões.
*Texto supervisionado pelo editor
