A Câmara de Mogi recebeu do Executivo o projeto de lei que define em 9% o índice para revisão do salário dos servidores públicos municipais. A proposta, que gerou debate entre os vereadores na sessão desta quarta-feira (12), tramitará nas comissões do Legislativo para posteriormente ser votada.
De acordo com vereadores de oposição, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Mogi das Cruzes (SINTAP) não está satisfeito com a proposta do Executivo e pediu a reabertura das negociações, mas não foi atendido pela administração municipal.
"A primeira assembleia que aprovou os 9% foi invalidada porque funcionários comissionados também participaram, o que não é permitido. O sindicato quer rever essa negociação. Eu mesmo fiz uma moção de apelo solicitando que o prefeito (Caio Cunha) reconsiderasse a situação, mas não houve resposta e não há diálogo", pontuou Iduigues Martins (PT).
De acordo com o vereador Gustavo Siqueira (PSDB), o Executivo seguiu o percentual usado pelo Governo Federal, também de 9% para reajuste dos salário dos servidores federais. Já o vereador José Luiz Furtado (PL) destacou que o Estatuto do Servidor prevê reajuste com base na correção da inflação, que é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que em 2022 foi de 7,32%. Dessa forma, o aumento real foi de 1,68%.
CEV
Também na sessão de ontem, os parlamentares debateram a criação de uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) para tratar sofre os furtos recorrentes que estão acontecendo nos cemitérios da cidade. A formação do grupo, que foi proposta pelo vereador Maurino José da Silva (Podemos) e agora será votada pelos demais colegas, gerou reclamações por parte do vereador Edson Santos (PSD) que já estava tratando sobre o assunto com o prefeito de Mogi e afirmou que sequer foi convidado para integrar a comissão.
Outra CEV também foi apresentada ontem, mas pela vereadora Malu Fernandes (Solidariedade), que propôs a criação de um grupo para acompanhar de perto as ações do Executivo para combater a violência nas escolas, bem como apresentar ideias para garantir mais segurança aos estudantes.