Mogi - Uma associação de moradores do Jardim Margarida, em Mogi das Cruzes, criticou as respostas do governo do Estado diante de seus pedidos pela reabertura do Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, e anuncia que poderá realizar nas próximas semanas um ato em protesto no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, sede do governo do Estado.

A manifestação do presidente da Associação Beneficente Jardim Margarida Comunidade Vitória, Henrique Soares, ocorreu na tarde de ontem, após resposta a um ofício enviado à Secretaria de Estado da Saúde e ao gabinete do governo no início do mês, requisitando a reabertura da unidade de emergência e urgência do hospital estadual, fechado desde o início do ano passado. 

"A resposta diante do pedido da comunidade, que foi ratificado pela Câmara de Vereadores em requerimento, não foi satisfatória. Há mais de 15 mil famílias apenas no Jardim Margarida que dependem de uma unidade de urgência e emergência, e o fechamento de um hospital estadual não pode ser uma opção", protestou.

No dia 15 de julho, a entidade realizou um protesto em frente ao Pronto-Socorro do hospital estadual. Um grupo de aproximadamente 30 pessoas, com placas e cartazes, pediu a reabertura da unidade de urgência, além da agilidade no atendimento a pacientes de setores de especialidades como oncologia, oftalmologia, ginecologia e obstetrícia.

Entre os próximos passos planejados pelo grupo, estão o comparecimento de uma comitiva de moradores do Jardim Margarida hoje na Câmara Municipal, que retoma as sessões, além de uma possível manifestação no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, sede do governo do Estado, para as próximas semanas. "Estamos ainda buscando organizar a logística e convocar a população, mas queremos levar pelo menos dois ônibus, para que o governo nos ouça", concluiu.

Manifestação do Estado

Os protestos da comunidade fazem referência à manifestação da Coordenadoria de Gestão de Contratos de Serviços de Saúde da Secretaria de Estado, o governo estadual afirmou, em resposta ao ofício dos moradores, que mantém o acompanhamento do contrato de gestão do hospital estadual com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e que adotou medidas de contingências durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

"É Importante frisar que, quanto ao Pronto-Socorro do Hospital, não há fechamento, mas sim, referenciamento do atendimento. A mudança ocorre em acordo com o cenário epidemiológico e econômico, bem como com a missão do hospital de prover assistência de alta complexidade. (....) Assim, os casos de baixa complexidade cores azul e verde são direcionados para atendimento em unidade de saúde adequadas a este tipo de atendimento, permitindo que o hospital cumpra sua função de prover assistência de qualidade aos quadros mais críticos", informou no ofício.