A primeira edição da Parada LGBT de Suzano chegou a ser brevemente questionada na Justiça, com uma ação impetrada pela Prefeitura de Suzano junto à 3ª Vara Cível de Suzano pedindo a suspensão do evento. No pedido protocolado pela Prefeitura, a administração municipal alega não ter sido informada em tempo hábil pelos organizadores do evento, e não teria condições de atender aos pedidos para suporte logístico de tráfego e zeladoria.

No entanto, o juiz Olivier Haxkar Jean, da 3ª Vara Cível, alegou que os argumentos apresentados pela prefeitura na tarde de sexta-feira não eram suficientes, e negou o recurso apresentado pela municipalidade, pedindo que a organização e a municipalidade trabalhassem em conjunto para garantir a caminhada entre o ponto de concentração e a chegada no parque municipal.

“A organização protocolou todos os ofícios de pedidos para a Prefeitura mas foram indeferidos. Na tarde de sexta-feira, fomos informados que a Prefeitura tinha entrado com o pedido para suspender a parada, no último minuto do horário de expediente, impedindo nossas movimentações. Nos coube aguardar a resposta judicial, e ela foi corretamente a nosso favor”, informou Lilian Santos de Carvalho, da Frente LGBTI de Suzano.

Para Lilian, a disputa judicial não influenciou diretamente na organização da parada no domingo, e revelou um impacto positivo do apoio da comunidade. “Foi bom, pois mostrou a força da parada antes mesmo do evento. Foi surpreendente ter o apoio da população como um todo na manifestação pelo nosso direito à existência”, concluiu.