A CCR Rodovias, concessionária responsável pelo gerenciamento da rodovia Presidente Dutra (BR-116) apresentará na próxima quarta-feira o plano operacional e de comunicação para os romeiros que seguem em peregrinação ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
Segundo a empresa, o novo plano trará pontos de destaque sobre os locais para descanso e apoio dos romeiros, que vem de diversas partes do país e utilizam a rodovia como principal corredor para a romaria.
Segundo balanço divulgado pela empresa em 2020 à imprensa, no último ano foram registradas 16.984 pessoas pela rodovia a caminho da Basílica de Aparecida no período entre o início de agosto e o feriado do dia de Nossa Senhora, celebrado em 12 de outubro. No mesmo período, em 2019, a concessionária registrou 23.984 peregrinos.
A estrutura a ser oferecida nas rotas que levam ao Santuário de Nossa Senhora é uma das questões que são debatidas entre os grupos de romeiros que saem do Alto Tietê. Mauro Vaz faz parte de um destes grupos desde 2006, grupo que começou a fazer a romaria há 19 anos. "Este é um grupo que foi montado em Mogi das Cruzes por uma família devota em 2002, que acabou ganhando mais adesões ao longo do ano, e hoje tem mais de 160 pessoas", apontou.
O grupo percorre um trajeto de mais de 143 km, partindo da Igreja Matriz de Mogi até Aparecida, tendo como principal rota a Via Dutra, em uma viagem com duração de quatro dias, com paradas nas cidades de Jacareí, Taubaté e Roseira.
Sobre a possibilidade de uso de rotas alternativas, como a Rota da Luz que foi criada recentemente, Vaz explicou que a falta de segurança aos romeiros no trajeto ainda é um fator que desencoraja, mas a Via Dutra ainda possui seus riscos. "O romeiro não é reconhecido nas estradas, o apoio acaba sendo bem pouco para quem faz o trajeto, que precisa descansar, se banhar e se alimentar apenas nos postos de combustível na estrada, e ainda acaba correndo o risco dos atropelamentos. Felizmente, nunca sofremos nenhum tipo de acidente", afirmou.
Segundo levantamento da CCR, em 2020 foram registrados cinco casos de atropelamento de romeiros a caminho do Santuário, com oito pessoas feridas e um caso fatal.
Para Mauro Vaz, a empresa concessionária pode oferecer um espaço diferenciado para os romeiros poderem transitar sem disputar o acostamento com os veículos. "Esta é uma data tradicional, e é um ritual respeitoso realizado por milhares de fiéis que vão à Basílica, com centenas de grupos do país que vão à pé, e nós deveríamos ser melhor atendidos", concluiu.