Hoje completa duas semanas desde que vereadores, assessores e empresários foram presos e posteriormente denunciados pelo Ministério Público (MP), por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Com a apresentação da denúncia da Promotoria à Justiça, as investigações e argumentos da acusação ficaram claros, restando apenas um ponto ainda não esclarecido neste momento: o sumiço do vereador Antonio Lino da Silva (PSD), o único entre os parlamentares investigados que segue foragido da Justiça.
Na semana passada, ao Grupo Mogi News, a defesa do parlamentar confirmou que Lino se apresentaria à Justiça "em breve". Mesmo com paradeiro desconhecido, o parlamentar foi confirmado, no final de semana passado, no pleito deste ano em busca da reeleição, por meio de procuração.
Passados 15 dias da operação Legis Easy (Legislação Fácil, no português), o vereador Lino está incluído no banco de dados de pessoas foragidas do Estado, e pode ser denunciado pelo telefone 181. A procura pelo parlamentar não cessou desde a deflagração da operação. As Polícias Civil e Militar continuam realizando diligências para localizar o foragido, mas ainda sem pistas concretas.
Quem também segue foragido e consta no banco de dados do Estado de São Paulo é o empresário Pablo Bezerra, filho do vereador Francisco Moacir Bezerra (PSB), o Chico Bezerra.
Os parlamentares Carlos Evaristo (PSB), Diego Martins (MDB), Jean Lopes (PL) e Mauro Araújo (MDB) foram conduzidos no último dia 9 para a Penitenciária II de Tremembé, no Vale do Paraíba. A exceção é o vereador Chico Bezerra, que continua em prisão domiciliar.
Os quatro empresários e assessores da Câmara foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mogi das Cruzes, no Taboão. Foram transferidos Carlos César de Araújo (empresário e irmão do parlamentar Mauro Araújo); os empresários Joel Leonel Zeferino e Willian Casanova; além do assessor do vereador Diego Martin, André Alvim de Matos, preso no último dia 5. (F.A.)