O dia amanheceu complicado para as pessoas que utilizam o transporte público para ir ao trabalho, escola ou faculdade. Os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) não circularam, bem como os ônibus municipais. A situação do transporte começou a se normalizar com a retomada dos coletivos municipais a partir das 9 horas.
O estudante André Luis, de 21 anos, afirmou que teve dificuldade para ir a aula durante a manhã. "Moro no Jardim Universo e tive que vir a pé. Apenas eu fui para a aula. Os ônibus voltaram a operar, mas acredito que terei de voltar caminhando, pois o trânsito está complicado por causa da manifestação. Sou contra essa greve, pois prejudicou muitas pessoas", disse.
A cuidadora Sueli Gomes, 64, aguardava uma carona para voltar para a casa. "Acabei de sair do trabalho e tive que pedir para minha irmã me buscar. Como moro em Biritiba Ussu, não tenho como voltar a pé. Não concordo com essa greve, pois as pessoas não tem como ir trabalhar e nem voltar para a casa. Não acho que ela será a solução para o problema", analisou.
O ponto de ônibus da praça Coronel de Almeida, um dos mais movimentados do município, permaneceu vazio durante boa parte da manhã. Assim como os Terminais Estudantes e Central. Mesmo com o retorno dos ônibus no fim da manhã, o movimento de passageiros ainda era pequeno.
A auxiliar de desenvolvimento infantil Vanessa Fioretino, 36, se atrasou para o trabalho por causa da greve geral. Moradora de Biritiba Mirim, ela informou que não havia ônibus intermunicipais e que apenas vans transportavam os passageiros. "Peguei o transporte lotado. Teria que entrar na escola, que fica no Conjunto Jefferson, às 7h30, mas só consegui chegar agora (11h20). Espero que essa greve resolva alguma coisa", acrescentou.
De acordo com a Prefeitura de Mogi, "A partir das 9 horas, o serviço de transporte coletivo começou a ser normalizado, com os ônibus deixando as garagens rumo aos terminais para atendimento da população. As empresas haviam recolhido os veículos que estavam em circulação após ação de vândalos no início da manhã. A Prefeitura obteve decisão liminar na Justiça para garantir o funcionamento do transporte coletivo e do serviço público municipal na cidade nesta sexta. Segundo a decisão, os sindicatos que descumprirem a medida estarão sujeitos a uma multa de R$ 500 mil".
Por meio de nota, a CS Brasil, uma das empresas que atuam no município, informou que "Desde às 9 horas, todas as linhas de Mogi estão em operação. Importante destacar também que nenhum motorista deixou de comparecer para seu turno. Nesta madrugada, dois ônibus sofreram vandalismos, cujos prejuízos estão sendo mensurados. Como os fatos geradores da paralisação não foram motivados pela empresa, entendemos que não haverá sanções. Além disso, todas as medidas preventivas e cautelares foram e seguem sendo tomadas para reduzir o impacto aos munícipes e passageiros".