Vários moradores de Suzano estão há oito dias sem o serviço de telefonia e Internet, por causa de furto de cabos, na região do Jardim Santa Lúcia e Vila Urupês. Quem depende das linhas para trabalhar e estudar, por exemplo, não podem nem recorrer a um vizinho, já que a falha ocorre quase no bairro todo. A demora para solucionar o problema também é alvo de reclamações.
A empresa Vivo/Telefônica, que é responsável pelo fornecimento, já recebeu diversas ligações de suzanenses insatisfeitos com a falta de prestação do serviço, que foi interrompido no dia 15 de março. A empresa informava, por meio de gravação, que o problema ocorreu por causa das chuvas e que até o último domingo, dia 20, seria solucionado, segundo a assistente administrativo Julia Menezes, de 22 anos.
"Domingo o problema continuou e a informação já era outra. A gravação dizia que a falha no fornecimento ocorreu por causa do furto de cabos e deram um prazo até dia 22, mas continuo sem o serviço", contou. "Eu dependo da Internet para estudar e isso está me prejudicando muito. Quero ver se esses dias serão descontados da conta".
No mesmo bairro de Julia existem vários condomínios residenciais que estão com o mesmo problema, há mais de uma semana. "Os transtornos são imensos aqui. Todos estão reclamando. As pessoas que estudam ou trabalham com a Internet são as mais prejudicadas", contou Jurema de Lima Martins Miranda, 54, que é controladora de acesso de um condomínio na rua Gato Cinzento. "O pior é que nem os telefones fixos funcionam".
O aposentado Willer Julio Fernandes, 66, lembra que entrou em contato com a Vivo por diversas vezes e que a empresa deu vários prazos para reparar a falha, mas nenhum foi cumprido. "Estou indignado. Liguei no dia 16 e a Vivo informou que na quinta-feira o serviço estaria normalizado, mas o problema continuou. Então liguei na sexta seguinte e eles deram o prazo até domingo, mas nada. Depois deram outro prazo até hoje (ontem). Agora deram mais um, até dia 24. É vergonhoso", desabafou. "E não vou pagar pelo serviço que não recebi".
Assim como Fernandes, o subsíndico do condomínio, Valdir de Oliveira, 54, também ligou diversas vezes para a Vivo. "A Vivo está só protelando, mas nunca arruma", afirma. "Os outros condomínios aqui da região também estão com o mesmo problema". "Estamos todos reclamando, mas nada é resolvido", disse a dona de casa Eunice Tiarga, 63.
A reportagem do Dat entrou em contato com a Vivo/Telefônica para pedir um posicionamento, mas até o fechamento desta edição a empresa não se manifestou.