Depois da decisão, a administração municipal pediu a reconsideração da liminar, obtida por meio de uma ação popular, que suspendeu dois concursos públicos para a ocupação de diversos cargos. Até a tarde de ontem o recurso não havia sido analisado pela Justiça.
Em ambos os certames, as provas foram aplicadas pela Coordenadoria de Apoio a Instituições Públicas (CAIP). O primeiro refere-se ao edital 11/2015 destinado à contratação de 32 servidores para diversas áreas de atuação, desde agente de fiscalização de trânsito até telefonista.
Já o segundo (12/2015) objetiva a contratação de professores de diversas especificações para os ciclos de educação infantil e ensino fundamental I, totalizando 12 cargos. A medida foi adotada depois que a Comissão de Sindicância, instaurada pela administração municipal para apurar possíveis irregularidades na aplicação das provas, constatou não haver impedimentos para que os concursos de ambos os editais fossem homologados. Já em relação ao cancelamento do concurso para procurador, a Procuradoria explicou que "essas fragilidades ocorreram por parte da empresa organizadora do concurso. Diante disso, em comum acordo, foi decidido o cancelamento do contrato entre o Município e a entidade".
Por fim, mencionou que "a Capimes se comprometeu a entrar em contato com os candidatos e a devolver o dinheiro pago nas inscrições". E completou: "a prefeitura está aguardando o resultado final da ação popular para estudar as medidas que poderão ser adotadas".
A Caipimes, por sua vez, confirmou ontem que o cancelamento em questão ocorreu "em comum acordo" e que todos os valores serão devolvidos aos candidatos, assim que a burocracia for concluída.
"É importante lembrar que a sindicância não encontrou nenhuma irregularidade na aplicação das provas. Decidimos cancelar o concurso para não atrasar a contratação", esclareceu. (S.L.)