Segundo a Sociologia, a conduta humana, quer como individuo, quer como grupo, depende mais de processos de aprendizado do que de forças instintivas. Lisias Castilho, urologista, autor do livro Homossexualidade, alicerçado em extensa bibliografia, refere que para os sociólogos o instinto sexual é uma energia indiferenciada, neutra, que sofre mudanças e adaptações em função das forças de socialização. Assim, as preferências homo e heterossexual, a caracterização do que é erótico, os padrões de beleza, a concepção de lícito e ilícito, a constituição dos núcleos familiares - em regime de monogamias, poligamia, poliandria(1 mulher e homens) e poliginia(1 homem e mulheres) - tudo seria fruto de aprendizado. Concluindo, o ser humano não teria ao nascer uma tendência forte, determinante, para o heterossexualismo nem para o homossexualismo. Sua orientação sexual final seria fundamentalmente produto de forças sociais. Não nos é possível concordar com esse enunciado da Sociologia que o nosso comportamento sexual é apenas resultado de aprendizado; à luz dos conhecimentos da Biologia e da Psicologia é também instintivo, tendo natureza heterossexual dominante, negando, assim, a afirmação da ideologia de gênero que a opção homossexual é socialmente tão válida quanto à preferência heterossexual. Falta à maioria dos sociólogos, além do conhecimento do fator social, o fator hormonal que faz a diferença no comportamento do ser humano. No homem, temos dosagem maior de testosterona que lhe dá o espírito aventureiro e guerreiro; na mulher, e só ela tem, a progesterona que imprime nela o sentimento maternal. Justifica-se, então, o menino chutar bola e a menina embalar nos braços sua boneca. Se o poder político fosse só das mulheres, os conflitos diplomáticos sempre seriam resolvidos pelo diálogo em vez de enviar os filhos para resolvê-los pelas armas, na guerra. Nossa conduta não é apenas de um ser social, muito mais ela se diferencia pelo nosso caráter individual e espiritual.