Uma criança de Ontário com menos de cinco anos de idade morreu de sarampo, no primeiro caso do tipo na província canadense em mais de uma década, informou a agência de saúde local.

A criança não foi vacinada contra o vírus respiratório altamente infeccioso e precisou ser hospitalizada, disse a Public Health Ontario (PHO, em inglês), o sistema público de saúde local, em um comunicado nesta quinta-feira (16), sem especificar quando ou onde a criança morreu, ou sua idade exata.

No período entre 1º de janeiro de 2013 e esta semana, não tinha ocorrido uma única morte relacionada ao sarampo na província.

Provocado por um vírus altamente contagioso, transmitido pelo ar e que afeta principalmente crianças com menos de cinco anos de idade, o sarampo pode ser evitado com duas doses de vacina. Mais de 50 milhões de mortes foram evitadas desde 2000, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O primeiro-ministro Justin Trudeau culpou a "crescente hesitação em relação às vacinas" na última década na América do Norte e no mundo por alguns dos recentes surtos de doenças infantis evitáveis.

"Meu melhor conselho para todas as famílias é que ouçam seus médicos, conversem com seus médicos sobre quais vacinas são adequadas para seus filhos... essa é uma tragédia que ninguém quer ver. Não consigo imaginar o que essa família está passando neste momento", disse Trudeau a jornalistas em Winnipeg.

Em fevereiro, a OMS alertou que mais da metade dos países do mundo estará em risco alto ou muito alto de surtos de sarampo até o final do ano, a menos que medidas preventivas urgentes sejam tomadas.

Província mais populosa do Canadá, Ontário registrou 22 casos de sarampo neste ano, sendo que a fonte de infecção em 15 deles foi atribuída a viagens, informou a PHO. Ontário registrou pelo menos 101 casos entre 2013 e 2023.

O Canadá erradicou o sarampo em 1998 graças à alta cobertura de imunização, de acordo com a agência federal de saúde. Como resultado, os casos de sarampo em Ontário estão predominantemente associados a viagens, muitas vezes chamadas de "importações de sarampo", disse a PHO.