Até o final do mês, a Secretaria Municipal de Saúde de Mogi das Cruzes promove a Campanha Janeiro Roxo, mês mundial de combate e prevenção à Hanseníase. Entre as ações para lembrar a data estão vídeo educativo, panfletagem nas estações Estudantes, Mogi das Cruzes e no Terminal Central, palestras nas unidades do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e na Unidade de Atenção aos Programas de Saúde (UAPS1), capacitação de novos agentes comunitários para orientação ao público, avaliação, atendimento e coleta de exames. 


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A equipe do Programa Municipal de Controle e Prevenção da Hanseníase, que funciona na Unidade de Atendimento aos Programas de Saúde – UAPS1, irá promover o “DIA D" na próxima segunda-feira, 29 de janeiro, Dia Mundial de Combate e Prevenção à Hanseníase. Além de prestar orientações, os profissionais realizarão coleta de teste rápido e/ou avaliação para comunicantes de pacientes em acompanhamento.

A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium lepra ou bacilo de Hansen. Os principais sinais são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, geralmente com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou tato. Também podem ocorrer caroços na pele, dormência, diminuição de força e inchaços nas mãos e pés, formigamentos ou sensação de choque nos braços e pernas, entupimento nasal e problemas nos olhos.

Na constatação desses sinais, o paciente deve procurar uma unidade de saúde ou diretamente o Programa de Controle da Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde para solicitar uma avaliação e exames diagnósticos. Quanto mais cedo a doença for descoberta para início do tratamento, menor a chance de o paciente sofrer sequelas. 

Histórico 

Mogi das Cruzes concentra casos de hanseníase porque, na década de 30, foi implantado em Jundiapeba, onde hoje funciona o Hospital Dr. Arnaldo Pezzutti Cavalcanti, o antigo Asilo Colônia Santo Ângelo. Lá, os portadores de hanseníase viviam isolados e, embora a hanseníase não seja uma doença hereditária, ela é transmitida pelo ar através do contato prolongado com uma pessoa contaminada. Atualmente, não existe necessidade de isolamento. Ao iniciar o tratamento, a transmissão para de ocorrer.

A cidade registrou 21 novos casos de hanseníase em 2023, tendo sido realizadas 16 biópsias, 20 testes rápidos e 114 baciloscopias. Neste ano, até o momento, já foram realizados quatro testes rápidos e 26 baciloscopias. Vinte e quatro pacientes estão em tratamento na unidade referência. Em todo o Brasil, foram diagnosticados 134.600 casos novos entre os anos de 2017 e 2022.

O Programa de Controle a Hanseníase funciona na UAPS 1, que fica na rua Francisco Franco, 358. Informações pelo telefone 4724-8047.