Em time que está ganhando também se mexe. Partindo deste princípio, a Chevrolet deu uma repaginada nas versões oferecidas em sua campeã de vendas, a picape S10, na apresentação da linha 2016. Além das configurações LS, LT e LTZ, entram em campo quatro versões inéditas: Advantage, Freeride, Chassis Cab e a luxuosa High Country. Cada uma direcionada a um público específico.
Desta vez, a reportagem avaliou durante uma semana uma Freeride, configuração que reúne mecânica, equipamentos e acessórios - segundo a Chevrolet - preferidos da maioria dos consumidores da S10. Trata-se de uma versão cabine dupla, com motor 2.5 Ecotec com injeção direta de combustível (206 cv), transmissão manual de seis marchas, tração 4x2, que traz ainda de série sistema multimídia Chevrolet MyLink, ar-condicionado, computador de bordo, vidros e travas acionados por controle remoto, controle de cruzeiro (cruise control), airbag duplo, retrovisores elétricos, rodas aro 16, além de capota marítima, Santo Antonio e câmera de ré.
Ou seja, vem pronta de fábrica com tudo aquilo que o consumidor procura. Até detalhes decorativos, que deixam a S10 Freeride com uma aparência bem interessante. Ela traz um adesivo nas laterais e na tampa traseira da caçamba, fora que conta com em todas as sete opções de tonalidade para o modelo, incluindo as novas cores Cinza Graphite e Vermelho Chili, uma novidade em se tratando de Chevrolet, que nunca havia usado essa cor em sua picape líder de vendas.
A S10 Freeride não apresenta muitas novidades no desempenho, já que o motor 2.5 flex com câmbio manual de 6 velocidades demonstrou, já em outras oportunidades, que é valente o suficiente para uma ótima performance, sobretudo na estrada. A resposta no pé é perfeita. As trocas de marchas tranquilas. Em sexta, funciona quase como um automático em velocidade de cruzeiro, aguentando reduzidas e retomadas sem qualquer sacrifício. Ou seja, basta saber dosar a força no pé direito que a direção se torna muito prazerosa.
Na cidade, apesar de grande, também demonstra bom equilíbrio. Não é barulhenta, tem uma suspensão bem macia, que passa aos ocupantes a sensação de estar em um SUV de alto padrão. O acabamento interno contribui para isso. Ou seja, por bem menos que a versão top de linha, a High Country, uma 4x4, com câmbio automático e motor a diesel, que custa R$ 163.800, a Freeride sai por R$ 95.340.
São quase R$ 70 mil a menos caso o carro não seja para enfrentar o fora de estrada. Ou seja, dá para fazer bonito na cidade, sem precisar desembolsar um valor que fica para quem vá realmente utilizá-la no off road.