O primeiro laudo da morte da estudante Rayane Paulino Alves, de 16 anos, foi divulgado ontem pelo delegado do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, Rubens José Angelo. De acordo com o documento, a análise necroscópica confirmou que a causa da morte foi asfixia mecânica por estrangulamento. O laudo também apontou uma fratura no osso hióide, que fica na parte anterior do pescoço.
Apesar da conclusão, ainda é aguardado o resultado de mais exames para identificar se há a presença de esperma no corpo da estudante. "Esse laudo materializa o crime, e veio ao encontro do que a gente já imaginava na investigação. O médico legista pontua a fratura do osso hióide, parte acima do pomo-de-adão e isso pode denotar que talvez no mata-leão ele tenha quebrado esse osso dela ainda viva e, com o cadarço acabou matando", contou o delegado.
O suspeito de matar a estudante é o segurança Michel Flor da Silva, 28. Ele confessou o crime e foi apresentado para a Polícia Civil na quarta-feira passada. Ainda em prisão temporária por 30 dias, ao final do inquérito, com a conclusão de todos os laudos necessários, Angelo deve entrar com o pedido de prisão preventiva.
A venda de bebidas alcoólicas para menores também será investigada, inclusive a conduta dos organizadores da festa do sítio em que Rayane participou. "Pelas provas que foram colhidas, vou encaminhar ao 3º Distrito Policial (de Cezar de Souza) para a apuração do crime de vender e servir bebida alcoólica para menores", finalizou.
Rayane desapareceu depois de ir a uma festa em um sítio no bairro do Botujuru, na noite do dia 20. De acordo com a polícia, ela deixou o local e decidiu voltar para casa, sentido Mogi, entretanto caminhou no sentido Guararema da rodovia Mogi-Guararema (SP-66). Um motorista de aplicativo que passava pela estrada a abordou e questionou o porquê dela estar no local sozinha, a alertando que estava caminhando no sentido contrário e a deixou na rodoviária de Guararema. Lá, ela foi abordada pelo segurança, que ofereceu carona até Mogi, mas a estuprou e matou.