Um incêndio de grandes proporções praticamente destruiu o galpão da Cooperativa de Reciclagem Unidos pelo Meio Ambiente (Cruma), localizada na rua Agantuba, no bairro de Calmon Viana, em Poá. Foram utilizadas diversas viaturas do Corpo de Bombeiros, que vieram da zona leste de São Paulo, Guarulhos, além de cidades da região, para combater as chamas. Ainda não foi possível determinar quantos bombeiros trabalharam no local. Ninguém se feriu e as causas do fogo ainda são desconhecidas.
O presidente da Cruma, Wilson Secario, de 66 anos, informou que chegava em casa, por volta das 18h30, quando telefonaram avisando do fogo, apenas 15 minutos depois de deixar o local. "Voltei correndo quando soube. O fogo pegou justamente na parte coberta do galpão, que não foi afetada pela chuva, e é tudo plástico, papelão, material que o fogo consome rapidamente", disse o presidente.
Ele também informou que não sabe precisar o que pode ter causado o incêndio. "Tudo o que eu disser só será especulação, não sei o que pode ter ocorrido, só os bombeiros que irão descobrir".
Apesar disso, o separador de plástico José Carlos Rodrigues, 24, que trabalha na Cruma, acredita que o incêndio pode ter se originado por meio de um resto de cigarro de maconha, ainda aceso. "Nesse terreno aqui em frente tem um monte de usuários de droga. Tenho certeza que foram eles que jogaram uma bituca acesa para o galpão", destacou.
Por sua vez, o tenente do 17º Grupamento do Corpo de Bombeiros, Marcelo Sato, pediu paciência para descobrir as reais causas das chamas. "Ainda é muito cedo, somente a perícia irá determinar o que ocorreu. Por ali não passa energia elétrica, por isso ainda não podemos falar nisso".
O fogo que tomou conta da Cruma começou aproximadamente às 18h30, meia hora depois a rua já estava tomada de veículos dos bombeiros para controlar as chamas. A dona de casa Josineide Barros, 41, foi uma das primeiras moradoras a saber que havia algo errado no local. "Estava atrás da minha casa quando comecei a ouvir umas explosões e achei estranho. Foi meu filho que veio correndo até mim e falou que a Cruma estava pegando fogo."
Apesar de não ter a casa afetada, mesmo estando a menos de 30 metros do local, a dona de casa ficou preocupada com a dimensão que o fogo poderia ganhar, caso não fosse controlado. "Fiquei assustada com o que poderia acontecer. E se as chamas viessem para a minha casa? Ainda bem que isso no aconteceu", finalizou a mulher.
Após a extinção da chamas, os bombeiros começaram a trabalhar no rescaldo. Uma escavadeira da Prefeitura de Poá foi usada para remover o que foi destruído. No local também haviam veículos, mas que não foram atingidos. Uma avaliação da estrutura do prédio deverá ser feita posteriormente.