Uma professora da escola estadual Pedro Malozze, localizada na rua Franz Steiner, na Vila Rubens, em Mogi das Cruzes, foi agredida por uma das alunas, de 16 anos, enquanto tentava continuar com a aula, anteontem à tarde. A agressão foi registrada na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), mas a queixa foi prestada pela estudante, que também acusou a docente por lesão corporal.
De acordo com o registro do caso, a aluna teria pedido para a professora que permitisse a saída dela da sala, por alguns minutos, para que ela telefonasse para a mãe. No entanto, a educadora não teria deixado, uma vez que a menor já teria saído outras vezes.
Depois disso, a professora, ainda segundo o depoimento da menor, teria xingado a jovem, dando início a uma briga. As duas foram para a diretoria da unidade, onde a aluna teria sido ofendida, mais uma vez, pela professora.
Em relato na rede social Facebook, a educadora se defendeu. "A aula prosseguia normalmente, quando uma aluna me pediu para sair. Não pude conceder sua vontade de ficar passeando pela escola, porque o regimento da escola segue (sic) que alunos só podem se ausentar da sala de aula na segunda e quinta aula. Como já era a sexta aula, não a deixei sair. Ainda argumentei que ela estava ficando muito fora da sala. De forma agressiva e aos berros, a mesma apontou o dedo para mim, desferindo a seguir socos na minha cara e chutes pelo meu corpo. Tentei me defender". 
A professora também destacou que realizou exames para verificar se havia uma lesão mais profunda, o que acabou sendo descartado, e revelou que pode não voltar a lecionar. "O que mais entristece é ver o apoio que ela tem da mãe dela, justificando o que ela fez, que eu não deveria ter me defendido das agressões da filha dela. Professor merece apanhar calado, deve ceder aos caprichos de filhos que foram abandonados pela família. Meu corpo dói, mas a minha alma sangra. Não sei se voltarei para a sala de aula, pois estou assustada e com medo".
Educação 
A delegada-titular da DDM, Valene Bezerra, comentou o caso, dizendo que nenhuma ação justifica a agressão. "Nunca, em nenhuma hipótese, o aluno tem direito de agredir um professor. Isso só mostra a falta de educação que esses jovens têm. O MP (Ministério Público), pode oferecer essa denúncia à Justiça e abrir um processo para apurar o caso", finalizou.