O policial militar Sidiney Dias de Sousa, de 45 anos, foi preso no final da noite de sábado, após ser acusado de matar o namorado da ex-mulher, o pedreiro Rosenilton Silva Vieira, 30, quando este chegava na casa dela pera levá-la para sair. Segundo o registro da ocorrência, o PM preso e a dona de casa estavam separados há cinco anos, mas moravam na mesma casa no Jardim Nova Itaquá. Sousa pertence ao 35º Batalhão da cidade.
Amigos do casal, um homem e uma mulher, estavam junto com Vieira na hora do crime, e testemunharam toda a ação. Eles ouviram o tiro que matou a vítima. De acordo com eles, o namorado chegou na casa e acenou para que ela deixasse o imóvel. A dona de casa pediu para ele aguardar alguns minutos.
Nesse instante, Sousa teria aparecido e, de imediato, agrediu a vítima, que estava dentro do carro. Inconformado com a agressão, o pedreiro deixou o veículo, foi em direção ao PM e os dois entraram em luta corporal.
Durante a briga, ouviu-se um tiro. Nesse momento, o amigo de Vieira, que estava dentro do carro, também deixou o veículo, enquanto a mulher correu para se proteger de outros disparos, o que não ocorreu.
A testemunha se aproximou e percebeu que os dois ainda estavam brigando, mas segundos depois o PM conseguiu se livrar e voltou correndo para dentro de casa. Na sequência, todos puderam perceber Vieira caído no chão. Ele havia sido alvejado.
Socorrido
Foi a própria dona de casa que socorreu o pedreiro ao Pronto-Socorro do Hospital Santa Marcelina, no veículo que ele utilizava. O amigo de Vieira seguiu a pé para a unidade de saúde, mas ao chegar no local foi avisado da morte do pedreiro. O tiro acertou o abdômen da vítima.
No local do crime, restou apenas a marca de sangue no chão. Na hora do ocorrido, chovia muito e a cápsula deflagrada da arma do policial se perdeu na chuva. Entretanto, a pistola ponto 40, recolhida pelo amigo, foi entregue aos PMs que atenderam o caso.
No decorrer na noite, já avançando para a madrugada de domingo, o policial afirmou em interrogatório que agiu em "legitima defesa", porque "foi a vítima que o agrediu primeiro e tentou tirar sua arma". Versão que foi contestada pelas testemunhas.
Apesar da prisão de Sousa, o delegado do caso afirmou que não descarta a hipótese de tiro acidental, porém isso somente será demonstrado com o exame residuográfico na vítima. O indiciado foi levado ao presidio Romão Gomes, na capital, para policiais da ativa.