Morreu ontem no Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo o bebê que Rosana Aparecida Duarte, de 26 anos, esperava. A mulher, grávida de oito meses, foi esfaqueada anteontem na casa dela, junto com o namorado Alexandre Batista Cerqueira, 19, no quilômetro 60,4 da rodovia Engenheiro Cândido do Rego Chaves (estrada das Varinhas), no Barroso, em Mogi das Cruzes. Cerqueira continua internado no Hospital Luzia de Pinho Melo e a família dele não autorizou a divulgação do seu estado de saúde. Já a moça permanecia, até o fechamento desta matéria, sedada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HC, na capital, em estado grave. Gabriel Rodrigues Fernandes, 19, acusado de esfaquear o casal, foi detido em flagrante no dia dos crimes e está preso.
Na terça-feira, a reportagem foi até o local das tentativas de homicídio e apurou com a mãe de Rosana, a monitora Edna Teresa Amaral, que Fernandes ajudava financeiramente a vítima, apesar de "não ter qualquer relacionamento amoroso com ela".
Segundo a mãe da moça, ele também não sabia que Rosana estava grávida do atual namorado. A polícia investiga a hipótese de Rosana ter, possivelmente, "escondido" a gravidez do rapaz, alegando algum tipo de pretexto, já que ele gostava da moça e costumava lhe auxiliar. Ao descobrir, entretanto, que ela se relacionava com um jovem, Fernandes, enciumado, teria se sentido "enganado" e partido para cima do rival, esfaqueando-o. Ele ainda estava com uma arma de fogo. Rosana também acabou sendo esfaqueada na barriga, na frente dos outros dois filhos, de 6 e 5 anos.
De acordo com a assessoria de imprensa do HC, devido à situação crítica em que se encontrava e o avançado estado de gravidez, Rosana chegou à unidade transferida pelo helicóptero Águia da Polícia Militar. Ela teve de se submeter a uma cesariana, mas o menino que ela esperava morreu no dia seguinte.