O advogado José Beraldo, que representa a família de Grazielly Almeida Lames, que tinha três anos quando foi morta em fevereiro de 2012, atropelada por um jet ski pilotado por um menor de 13 anos, de Mogi das Cruzes, na praia de Guaratuba, em Bertioga, informou ontem que pretende recorrer para que a pena do caseiro Erivaldo Francisco de Moura, o "Chapolin", seja maior. O homem foi condenado anteontem a um ano e dois meses de detenção em regime aberto. Ele é o primeiro réu no caso a ser condenado.
Conforme a acusação, a participação dele se deu no instante em que teria liberado a moto aquática para dois adolescentes da família dos patrões, ajudando-os, inclusive, a levar o equipamento até a praia. Chapolin foi condenado por "omissão de socorro" e cumprirá a pena em liberdade. O advogado de defesa dele não foi localizado para comentar a sentença.
Já para Beraldo, o advogado da família da vítima, que pleiteia também uma indenização de R$ 11,5 milhões na Justiça, a "reprimenda de um ano e dois meses de detenção, em regime aberto e substituída por duas penas restritivas de direitos", não foi suficiente. A família, segundo ele, está inconformada com o montante da pena e, em razão disso, ele irá recorrer da decisão. "O caseiro havia sido excluído do processo, nós recorremos e agora ele foi o primeiro condenado no caso. Os outros processos contra o José Augusto Cardoso Filho, dono do jet ski e empresário, e os demais acusados estão correndo. Continuarei buscando a justiça sempre", frisou.
Beraldo acrescentou que irá recorrer para que a pena do caseiro seja a máxima, de quatro anos, em regime fechado (prisão). "Por ele ter sido covarde, por ninguém ter prestado socorro à vítima. Mas, com a condenação dele, certamente os demais, o Zé Cardoso, os pais do adolescente e os outros serão condenados, inclusive na indenização. Essa é apenas a nossa primeira vitória", comemorou.