Ricardo Centurión, Wilder Guisao e Juan Carlos Osorio. A dupla de ataque formada por estrangeiros e comandada também por um técnico de outro país é uma combinação que o São Paulo não usa há 25 anos e que pode virar a aposta da equipe para o clássico deste domingo contra o Corinthians, no estádio do Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. Com Alexandre Pato fora por questões contratuais e Luis Fabiano suspenso, o ataque é uma incógnita. O argentino Centurión está confirmado e aguarda a definição de como será armado o setor. O colombiano Wilder Guisao pode estrear e fortalecer com o companheiro uma afinidade já iniciada fora de campo. "Conversamos bastante, até porque ele também falha castelhano. Temos convivido bem", explicou Centurión, que agora começou a pronunciar algumas palavras em português e apreciar um pagode. Já Wilder, recém-chegado ao clube, vê no argentino o companheiro ideal para o ajudar na adaptação, além de Osorio, que o indicou ao São Paulo. O São Paulo não tinha uma dupla de ataque e um treinador estrangeiros há 25 anos. Na última vez, o uruguaio Pablo Forlán comandou o São Paulo com os compatriotas Diego Aguirre e Juan Ramon Carrasco no ataque durante a Copa do Brasil de 1990, em confrontos contra o Grêmio pelas oitavas de final.
Sonho
Há menos de um ano no São Paulo, Centurión já demonstrou ter incorporado o clima de rivalidade existente no futebol paulista às vésperas de um clássico. Ontem, o jogador afirmou que considera o Corinthians como maior rival do clube e disse que seria um sonho poder marcar um gol neste domingo. "Creio que, do tempo que estou aqui, o Corinthians é o nosso maior rival", comentou. Centurión comparou a rivalidade com o Corinthians à vivenciada por ele nos tempos de futebol argentino no Racing, quando enfrentava o Independiente. "A defesa do Corinthians é muito boa. Da metade para frente eles também jogam bem.
Mas temos as nossas armas e nosso jogo. Seria um sonho fazer um gol no domingo", disse o atacante.