O secretário da Indústria e do Comércio de Poá, Ângelo Biancolin, descartou a possibilidade de ressarcimento dos prejuízos que os comerciantes do centro tiveram com o temporal que alagou a cidade. Mas sugeriu uma linha de crédito com custo zero para os empresários que tiveram perdas materiais com as fortes chuvas.
O encontro, que aconteceu na manhã de ontem no Núcleo de Atendimento à População (NAP), reuniu os comerciantes afetados com a enchente, vereadores e o presidente da Associação Comercial e Industrial e Poá (Acip), Francisco Quintino. O objetivo foi reunir dados das perdas materiais dos lojistas e apresentar propostas, porém, a reunião foi adiada para hoje, às 10 horas, na Câmara de Poá, já que, ontem, um bate-boca tomou conta do ambiente.
"Não conseguimos fazer uma reunião que atendesse a todos , então decidimos remarcar com dez empresários de dez segmentos diferenciados", explicou Biancolin. "Dessa forma será possível fazer uma explanação de tudo que era para ser dito hoje (ontem), mas que por falta de comunicação e ânimos exaltados não foi possível. Amanhã (hoje) será apresentada uma proposta para essa comissão".
O secretário ainda lembrou que não é possível fazer o ressarcimento dos prejuízos materiais e que estima um total de R$ 10 milhões em prejuízos no centro comercial da cidade. "Existe o fundo de emergência das enchentes, mas ele não está inserido para a área comercial", adiantou. "Existe a possibilidade para que cada um possa entrar com uma ação contra a administração pública, para que isso, automaticamente, seja repassado para esfera estadual, porque a responsabilidade não é só do município".
O chefe da pasta ainda disse que hoje tem uma reunião com o presidente do Banco do Povo para viabilizar uma linha de crédito facilitada aos comerciantes, para que eles possam recomeçar. "O Banco do Povo tem um limite e, baseado nisso, vejo a possibilidade de buscarmos uma linha de crédito já no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que é uma esfera federal, que tem um poder numerário muito maior para que isso possa ser feito, porque eu calculo que o nível de prejuízo da cidade vai ultrapassar a casa dos R$ 10 milhões", sugeriu o secretário. (F.F.)