O Dia dos Professores, celebrado em 15 de outubro, é uma data que nos faz refletir sobre a importância que a educação tem na construção de um país mais desenvolvido, competitivo e justo. Em cada diretor, técnico, engenheiro ou colaborador qualificado da indústria, há por trás um professor que despertou a curiosidade, incentivou e apontou caminhos.

A educação básica é a raiz de todas as formações. É nela que se moldam os futuros profissionais que em alguns anos vão comandar produções, sentar em mesas de negociações, desenvolver novas tecnologias e quem sabe, descobrir a cura para doenças que hoje imaginamos impossível. Mas os resultados do PISA mostram que o Brasil ainda tem uma dura lição a aprender: mais de 70% dos estudantes de 15 anos não atingem o nível básico em leitura, matemática e ciências. O resultado tem impactos por toda a vida acadêmica e profissional desses jovens. 

O reflexo desse déficit é sentido no mercado de trabalho. Em um tempo em que a tecnologia redefine profissões, precisamos de mentes capazes de programar máquinas, interpretar dados e criar soluções. Nesse cenário, a educação técnica vem se destacando, impulsionada pela reconhecida qualidade do Sistema S, especialmente do Senai. O Novo Ensino Médio amplia essas oportunidades, permitindo que jovens adquiram qualificações valorizadas e criem autonomia.

O Mapa do Trabalho Industrial, da CNI, mostra que temos uma tarefa de casa para aprender. Os dados do estudo apontam que a partir desse ano até 2027, o Brasil precisará qualificar 14 milhões de profissionais, sendo 2,2 milhões de novos e 11,8 milhões em requalificação. Isso exige um compromisso coletivo com a educação e, principalmente, com quem a torna possível: o professor.

Valorizar essa profissão e oferecer melhores condições para ensinar e aprender é investir no futuro da indústria e do Brasil. É preciso tratar essa questão como prioridade para que o país possa se desenvolver com qualidade e equidade. Afinal, é na sala de aula que se cria o verdadeiro motor do progresso.


José Francisco Caseiro é diretor regional do CIESP Alto Tietê