A virose digestiva, também conhecida como gastroenterite viral, é uma infecção que atinge o trato gastrointestinal e pode afetar pessoas de todas as idades. Causada por vírus como rotavírus, norovírus e adenovírus, ela se espalha rapidamente por meio de alimentos ou água contaminados, contato com pessoas infectadas ou superfícies mal higienizadas. Os principais sintomas incluem náuseas, vômitos, diarreia, cólicas abdominais, febre e mal-estar geral. Apesar de, na maioria dos casos, ser autolimitada e considerada leve, a virose pode levar à desidratação grave, especialmente em crianças, idosos e pessoas imunossuprimidas, exigindo atenção imediata.
O que fazer ao identificar os sintomas? Ao menor sinal de virose digestiva, a primeira conduta é a hidratação. Ofereça água, água de coco, soro caseiro ou soluções de reidratação oral disponíveis em farmácias. A alimentação deve ser leve, com sopas, caldos, arroz, batata e frutas como maçã ou banana. Evite alimentos gordurosos, leite e derivados, e produtos industrializados até a melhora total dos sintomas.
Quando procurar ajuda especializada? Se houver sinais de desidratação (boca seca, tontura, urina escura ou em pouca quantidade), febre persistente, sangue nas fezes, vômitos constantes ou sintomas que duram mais de três dias, é fundamental buscar atendimento médico. Casos mais severos podem exigir hidratação venosa e exames para descartar outras doenças.
Quanto tempo dura a virose? Em geral, os sintomas duram de 2 a 7 dias. Durante esse período, a pessoa infectada deve evitar contato próximo com outros, especialmente crianças e idosos, além de redobrar a higiene das mãos e dos utensílios.
A virose gera imunidade duradoura? Infelizmente, a imunidade adquirida após uma virose digestiva é específica e temporária. Isso significa que a pessoa pode se reinfectar com o mesmo vírus após algum tempo ou com outro tipo viral. Por isso, a prevenção continua sendo a melhor estratégia: lavar bem as mãos, higienizar alimentos e evitar o consumo de água de procedência duvidosa. A virose digestiva pode parecer simples, mas seus efeitos podem ser graves se não forem bem manejados. Informação, cuidados imediatos e medidas preventivas são as principais armas para evitar complicações e proteger a saúde da população.
Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e Conselheiro Estadual de Assuntos da Pessoa com Deficiência