Infelizmente os casos de violência contra crianças e adolescentes ainda são frequentes e reforçam a necessidade de campanhas como o Maio Laranja, que propõe a conscientização sobre a importância do enfrentamento aos casos de abuso e exploração sexual dos mais jovens. A campanha é abraçada por Prefeituras da região, que promovem uma série de ações ao longo do mês.
É fundamental estarmos atentos para a violência que pode atingir nossas crianças e jovens, principalmente em ambientes considerados seguros, como a própria residência. Muitos acabam vítimas de pessoas próximas à família e até mesmo parentes. É preciso estar atento às possíveis mudanças de comportamento, e o receio de se aproximar de determinados locais e pessoas.
Vale ressaltar também que, embora a vulnerabilidade seja maior em classes menos favorecidas, a violência contra os mais jovens não faz distinção de renda, e pode atingir também pessoas com maior poder aquisitivo e também vir de pessoas com maior escolaridade.
Diante desse contexto preocupante, a conscientização e promoção de uma cultura de paz, de respeito e valorização de todos, das crianças às pessoas idosas, é imprescindível para avançar na direção de uma sociedade com maior justiça social. Ampliarmos as oportunidades e o acesso a serviços públicos de qualidade, em questões básicas, como Educação e Saúde, também é parte fundamental desse processo.
Uma transformação da cultura de violência também tem início nas salas de aula, por uma Educação que trabalhe efetivamente a cidadania e o olhar crítico sobre o que acontece no dia a dia, no que é permitido ou não, garantindo direitos fundamentais.
Como para outros segmentos da população temos uma legislação forte e bastante completa na garantia de direitos para os mais jovens, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, que neste ano completará 35 anos, porém, ainda carecemos de políticas públicas mais assertivas e efetivas para atender as demandas e realmente contribuirmos com para um futuro melhor para as gerações mais novas.
